sábado, 6 de novembro de 2010

A História da Telegrafia

A Telegrafia é a arte de transmitir mensagens codificadas através de aparelho específico denominado Telégrafo.
Telegrafia, Continuous Wave, CW, Código Morse, Codificação, Transmissão Cifrada; traduzimos tudo isso como linguagem sonora. Os sons diferenciados, produzidos ao manipular-mos o Telégrafo, são capazes de oferecer um perfeito entendimento ao ouvido humano. O sistema é representado por sinais de convenção internacional. Há sinais maiores ou menores em cada letra, e o ritmo é que dará a diferenciação entre elas.
Como os sinais formam o som, cada letra tem o seu som característico, tornando-se inconfundível com outra letra ou número, pois o som difere. Assim, temos resumidamente a Telegrafia como linguagem de som e ritmo, tornando-se uma linguagem cifrada. A Telegrafia com fio, podemos defini-la como a transmissão de mensagens em sinais do Código Morse, com o auxílio da corrente que circula através do circuito elétrico, a qual liga o equipamento transmissor ao receptor. A Telegrafia sem fio é a mesma transmissão em Código Morse, sendo que os mesmos são transportados pelas ondas eletromagnéticas através do espaço.
A Telegrafia sem fio sem dúvida alguma deve-se ao dentista norte americano MAHLON LOOMIS. Esse pioneiro americano conseguiu irradiar e receptar pulsações causadas pela produção de um distúrbio no equilíbrio elétrico da atmosfera, conforme consta dos arquivos de patentes americanas no ano de 1872, e na época foi chamado de "Pioneiro da Telegrafia Aérea".
Já o Telégrafo foi inventado no ano de 1835, pelo norte americano SAMUEL FINLEY BREESE MORSE. Além de inventar o Telégrafo, norteou e elaborou o respectivo código, que levou o seu nome: Código Morse. O Código Morse, até hoje conhecido, é utilizado no mundo todo. São sinais constituídos por pontos e traços combinados, que correspondem aos números e letras do alfabeto, desta maneira produzindo sons diferenciados à cada letra, número ou pontuação. Isso caracteriza o Código Morse, tornando seus sons característicos e diferentes. Isso acontece porque existem variações diferentes nos ritmos usados nas comunicações telegráficas para transmissão e recepção de mensagens cifradas. Já o Telégrafo sem fio foi desenvolvido pelo engenheiro italiano GUGLIELMO MARCONI, sendo que no ano de 1895iniciavam-se as transmissões e recepções de sinais via ondas eletromagnéticas sem fio, do Telégrafo de SAMUEL MORSE. MARCONI aproveitou diversas idéias da época, continuando a desenvolver as descobertas do físico alemão HEINRICH HERTZ, o qual faleceu no ano de 1894. MARCONI obteve sucesso total na transmissão e recepção de sinais em Código Morse via rádio, através da Telegrafia sem fio, sendo-lhe concedida a patente do aparelho no ano de 1896 na Inglaterra. O Rádio e o Radioamador surgiram quase que simultaneamente, em virtude do grande interesse em pesquisar todos os fenômenos eletromagnéticos.
O vertiginoso desenvolvimento tecnológico torna inadequada a primitiva montagem artesanal de equipamentos. Contudo permanece aberto o extenso campo de investigação em torno de antenas, e da propagação dos sinais radioelétricos transportados pelas ondas eletromagnéticas.
Basicamente o Radioamadorismo compreende a emissão e ou a recepção de símbolos, caracteres, sinais escritos, imagens e sons, enfim informações de quaisquer natureza. Entre elas a Telegrafia. Tem a finalidade de treinamento próprio, comunicação, pesquisas técnicas e o aprimoramento de Telegrafia (CW, Continuous Wave em inglês). Aqui não cabe discutir se a Telegrafia hoje está ou não ultrapassada. Apenas vamos sustentar que o Radioamadorismo é levado a efeito por verdadeiros amadores, a título pessoal, não visando qualquer outro objetivo a não ser o de treinamento próprio, e julgar-se no dever moral de manter acesa e viva a "Chama da Telegrafia", pois esta é a única maneira de conseguirmos legar ao futuro não muito distante, os 159 anos herdados da Telegrafia de SAMUEL MORSE. Está no Radioamadorismo, a única e a última oportunidade deste legado para a humanidade futura, de maneira que o Radioamador entusiasta que é, certamente, considerando a importância da Telegrafia, não deixará morrer esta nobre arte de se comunicar, de transmitir mensagens codificadas a distancia. Desde os primórdios da civilização, ávidos da necessidade de comunicação à distancia, levou o homem a criar inúmeros sistemas que possibilitassem a transmissão de suas mensagens.
Esta transmissão, originariamente apresentou-se por meios de sinais sonoros ou luminosos emitidos num local, sendo traduzidos no outro, por um código comum. A Telegrafia consiste na transmissão de mensagens, pela emissão de sinais, através do Telégrafo. Os impulsos eletromagnéticos, ao serem recebidos através da codificação comum da linha, são transformados e traduzidos pelo receptor em letras alfabéticas, números, pontuação ou caracteres comuns de escrita. Entre os sistemas telegráficos mais importantes do mundo figuram: O de SAMUEL MORSE (Estados Unidos da América do Norte), o de WHEATSTONE (Inglaterra) e o de STEINHAIL (Alemanha).O sistema Morse foi o que se apresentou de forma mais completa, conservando suas linhas básicas até nossos dias.
Em época mui recente, foi criado um Comitê Consultivo Internacional nos U.S.A., com o intuito de padronizar os transmissões telegráficas, adotando codificações e freqüências normatizadas. As freqüências comumente adotadas em ciclo por segundo são: 420, 540, 660, 780, 900, 1020, 1140, 1260, 1380, 1500, 1620 1 740.

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