sábado, 18 de dezembro de 2010

Rádio Virtual ?

O EchoLink é um daqueles temas que é certo para começar um argumento sempre que alguém leva-lo até em uma reunião de rádioamadores. Eu comecei uma  recentemente, quando propus que permitissem contatos EchoLink para o nosso clube. Alguns caras diseram que os contatos mantidos com o programa não devem ser permitidos em concursos, porque ele permite o uso do computador para comunicação, e, desse modo, contatos EchoLink não são "rádio" contatos. Enquanto que eu vejo que eles deveriam ser permitidos porque este é apenas um divertimento.

Agora, esses caras têm ainda mais para reclamar: QsoNet CQ100 e o HamSphere. Ambos os serviços pretendem simular a experiência de rádio amador, com um programa de computador.
O QsoNet CQ100 , que se apresenta como "ionosfera virtual para rádio amador," tem sido em torno de pelo menos um ano. Para entrar no QsoNet, você baixar um software que simula um transceptor de HF. (O software só funciona em computadores que executam sistemas operacionais Windows.)
Uma vez que você iniciar o programa, você seleciona o modo que você deseja operar (incluindo CW!) E a "frequência" na qual você deseja operar. Então, você entra na rede QsoNet. A empresa alega que, "ele funciona com conexão discada, DSL e conexões de Internet por cabo. Não há necessidade de configurar as portas do roteador. A rede consiste em um conjunto de servidores de internet que oferecem streaming de áudio VoIP entre as estações. Depois de instalar o software de transceptor, estações QsoNet são conectados a um servidor central por uma única conexão TCP de saída. 
Para usar QsoNet, você deve ser um radioamador licenciado, apesar de, como dizem em seu site, "Não há RF. Tudo é feito através da internet." Custa também usar QsoNet. Após um período experimental de 90 dias grátis, você deve pagar uma taxa de assinatura $ 32.
Um novo serviço que eu tenho ouvido é sobre HamSphere . Criado por Kelly Lindman, o fundador da DXTuners , este serviço parece ser um pouco mais sofisticado do que QsoNet CQ100.
Por exemplo, no HamSphere você observa fading, QRM, QRN, efeitos fase multipath, etc, são todos os fatores e as regras nesta simulação. O sistema segue as leis da ionosfera de deflexão de ondas de rádio. "Você também pode escolher diferentes níveis de potência e os tipos de antena. A interface do usuário não é tão simples quanto a interface QsoNet CQ100, mas talvez isso seja uma coisa boa.


Uma grande diferença entre HamSphere e QsoNet CQ100 é que qualquer pessoa pode usar HamSphere, licenciado ou não. Outra diferença é que o software pode rodar em Macs e Linux, bem como computadores com Windows.
Como o EchoLink, penso que estes serviços virtuais de rádioamador pode ser atraente para os que vivem em locais com espaço restrito para se instalar uma antena ou outros que por qualquer razão não são capazes de criarem a sua própria estação. MAS, certamente não são um substituto para a coisa real. Eu simplesmente não consigo ver como fazer contatos com QsoNet ou HamSphere seria tão gratificante como decisão sobre contactos-the-air.


Para mim, o Virtual Ham Radio é o movimento de recrutamento para o nosso hobby, por que digo isso?
  • Virtual Ham Radio é uma ferramenta de grande formação.
  •  Acessibilidade a partir de um laptop conectado a Wi-Fi em um aeroporto de um de computador pessoal em casa.
  • Custos inicial é cerca de US $ 0 em termos de equipamento.
  • Nenhum sistema de antena.
  • em problemas de RFI.
  • Nenhuma licença.
Eu sou um link para introduzir alguém para a diversão e excitação de Radioamadorismo. A nova geração de radioamadores estão mergulhadas na utilização da Internet e o que é importante é a acessibilidade. Se alguém estiver visitando minha estação, eles não podem levar o posto com eles, após uma visita. Mas com o virtual Ham Radio, pode-se enviar e-mail, o link, baixar o software, e desfrutar do Ham Radio sem nunca abrir um manual de licença.

Imagine isso. É o poder da Internet para trazer mudanças ao mesmo tempo ignorando a regulação tradicional, regras e convenções. Logo, fóruns de operadores não-licenciados de virtuais Ham Radio, ganham vida com toda a pompa ou seja, prêmios, concursos, cartões QSL, livros de registo, etc

Apenas suponha comigo por um minuto. O que aconteceria se a American Radio Relay League oferecesse virtual Ham Radio a um indivíduo não-licenciadas em seu site?

A grande experiência de deixar ir o código Morse como uma exigência de licenciamento, goste ou não, move o Ham Radio em uma nova direção. Alguns mas não todos são inspirados em aprender a arte, mas, virtual Ham Radio sem licença representa uma nova direção também.

Virtual Ham Radio contorna a tradição de tradições, testes e certificado. Será que um indivíduo, uma vez exposto à diversão e excitação do virtual Ham Radio, querer buscar uma licença?  Talvez. Talvez não. Talvez isso dependa da embalagem e comercialização.

HamSphere e QsoNet CQ100 são inovadores e acessíveis para licenciados e não licenciados. Ambos têm um maior apelo do que o grande experimento de código Morse. Além disso, Ham Radio virtual tem um potencial positivo enorme para o passatempo, dependendo da sua aceitação dentro de uma comunidade maior.

Algo está acontecendo tranquilamente e o Ham Radio Virtual veio pra ficar.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Hamsphere - O Rádio Virtual



Este é um transceptor de rádio Ham virtual que funciona em Windows, Linux e Mac ou qualquer outro sistema. O HamSphere pode ser usado tanto por entusiastas de rádio licenciados (Ham Radio) e não licenciados.
Você é capaz de se comunicar com milhares de operadores de rádio amador e entusiastas de rádio de quase 200 países ao redor do mundo. Nenhum hardware extra é necessário, apenas o seu PC, um microfone, alto-falantes e você está pronto para chamar CQ sobre as bandas HamSphere. 
O sistema não emite qualquer RF por isso é 100% seguro para operar em qualquer país. Você também pode usar a faixa de 48m de broadcast para criar a sua própria estação de rádio de ondas curtas.

Leia sobre Vic VE3JAR no Canadá, que fez 5.500 contatos de 200 países com o HamSphere

Características do transceptor:
  • Modes: DSB (Double side band modulation) and CW (built in keyer) Modos de DSB (Double modulação de banda lateral) e CW (construído em keyer)
  • Filters: 700hz in CW, 2.4kHz and 3.8 kHz in DSB. Filtros: 700Hz em CW, 2,4 kHz e 3,8 kHz em ORL.
  • AGC: Fast and slow AGC: rápido e lento
  • 6, 10, 11, 15, 17, 20, 30, 40, 48, 80, 160m bands. 6, 10, 11, 15, 17, 20, 30, 40, 48, 80, 160m.
  • Band span: Usable bandwidth for each band is 96 kHz. Band span: largura de banda utilizável para cada faixa é de 96 kHz.
  • Power: Adjustable between 10 to 2.5 kW. Alimentação: Ajustável entre 10 e 2,5 kW.
  • Simulation on/off (Turn off shortwave reality mode and use as a 2m like transceiver) Simulação on / off (Desative o modo de realidade de ondas curtas e usar como um transceptor como 2m)
  • VFO and memory mode (9 memories) VFO e modo de memória (9 memórias)
  • DX Cluster DX Cluster


Criado por um emérito radioamador chamado  Kelly Lindman (5B4AIT),  o HamSphere, é um rádio virtual que permite a comunicação de fonia e cw simulando as faixas de onda do espectro de HF (bandas dos 6, 10, 11, 15, 17, 20, 30, 40, 80, 160 m e broadcasting) com direito a QRM, muita estática e tudo mais. Coisa de gênio e radioamador, é claro !!!

Não deu outra, veio aquela vontade louca de estar a frente de um rádio fazendo DX's, coisa de radioamador, que não tem explicação, pois se levarmos em conta que nos dias de hoje temos MSN, Skipe e outros com voz e imagem simultaneamente, realmente fica muito dificil explicar essa dedicação ao rádio e que no fundo, serviu de estimulo para não só querer voltar para o meio de onde nunca deveria ter saído, bem como para ter coragem de estar escrevendo algo a respeito.

Fantástico para quem nunca experimentou o mundo do radioamadorismo em HF e tem curiosidade, mas por diversas dificuldades (aquisição de equipamento, instalação de antenas, exames para obtenção do COER e etc...) acaba desistindo.

A oportunidade é esta, o software pode ser baixado em http://www.hamsphere.com/ onde o usuário poderá obter todas as informações necessárias para o cadastramento e assinatura se assim desejar. Inicialmente o programa funciona integralmente por um período de três dias, perdendo diversas funções após este prazo. Havendo interesse por parte do usuário, uma taxa anual de 21 euros será cobrada acrescida de alguns impostos.

Para quem já vive este mundo, é mais uma ferramenta de comunicação e oportunidade de fazer grandes contatos à distância, sem a dependência de equipamentos sofisticados.

Com esta ferramenta virtual que depende apenas de um micro-computador com poucos recursos de hardware, caixas acústicas e microfone e uma conexão com a internet, é possível manter contato com o mundo como os grandes radioamadores fazem.

Crie a sua conta HamSphere 
Clique no Link acima ou no Titulo e cadastre-se para experimentar.
Transforme seu PC em uma Ham Radio Station sem qualquer hardware adicional.
Comunique com Operadores de Radio e outros entusiastas de rádio em todo o mundo.
IMPORTANTE!
O HamSphere não é uma rádio real como muitos têm sugerido.
Tudo o que você vê e ouve é simulado em um computador de grande porte.
Quando você apertar o PTT, não é RF (Rádio Frequência) que é emitido em qualquer uma das 
bandas de ondas curtas.
Por isso, é completamente seguro para clicar a tecla PPF, mesmo se você não for um rádio 
amador licenciado ou seja um radio operador.
O projeto foi feito para simular uma banda de ondas curtas real com QRM / QRN, fading, etc.
Todas as bandas são construídas desta forma.
Se você quer uma banda sem ruído, sem batimentos, sinal total, nenhum ruído branco, etc você 
terá que usar outro produto como o CQ100!
Por favor, informe toda a sua experiência.É realmente importante ter todas as informações 
possiveis para que o Desenvolvedor possa obter um Software funcionando corretamente.
Qualquer informação faça contato pelo email: accounts@hamsphere.com   
 Kelly Lindman 
 SM7NHC 
 Fundador 
 www.hamSphere.com 

sábado, 27 de novembro de 2010

Radioamadorismo Via Satélites


“ 2.1 O serviço de radioamador é modalidade de serviço de radiocomunicações, destinado ao treinamento próprio, à intercomunicação e a investigações técnicas, levadas a efeito por amadores devidamente autorizados, interessados na radiotécnica a título pessoal, que não visem qualquer objetivo pecuniário ou comercial ligado à exploração do serviço, inclusive utilizando estações espaciais situadas em satélites da terra.”Artigo 2. Definições, da norma 31/94.

urante as décadas de 70 e 80, operar satélites era privilégio de poucos. Alguns radioamadores mais experientes, se aventuravam em satélites tipo AO7, AO8,RS15,RS12/13, entre outros.
Época de ouro, no qual circulavam em órbita de nosso planeta uma boa quantidade de satélites para radioamador.


No entanto estes satélites operavam basicamente em CW e SSB, com subidas e descidas em dois metros, setenta centímetros e dez metros.

A situação não mudou muito; poucos equipamentos ainda hoje utilizados pelos radioamadores em VHF e UHF, em sua maioria, não operam em SSB e CW ! Ainda assim atualmente, temos alguns equipamentos já bem popularizados, que com certeza permitem este tipo de operação.

Mas na década de 90 o lançamento dos AO27, pela AMRAD (Amateur Radio Research and Development Corporation) em 26 de setembro de 1993 e do SO35 pela Universidade de Stellenbosch, Africa do Sul, em 23 de fevereiro de 1999; vieram pôr fim a elitização deste tipo de operação. Pois estes contavam agora com um transponder, analógico para utilização em FM, permitindo assim que qualquer radioamador possuidor de equipamento para FM em 144 e 430 mhz, pudesse passar a falar via satélite, abrindo caminho para uma excitante forma de praticar o radioamadorismo.

Aqui cabe salientar que existem atualmente vários satélites em FM, mas boa parte deles, é para uso em modos DIGITAIS, PSK, PACKET, ETC. Vamos nos deter naqueles que permitem transferir VOZ.


OS LEO, Low Earth Orbit, Satélite de Órbita Baixa
Todos estes satélites até aqui comentados, são satélites que operam em órbitas na ordem dos 800 km de altura, sendo por tanto facilmente acessados com sistemas de antenas de médio porte.
Estes possuem invariavelmente órbitas do tipo circular, mantendo constante a distancia entre o satélite e o centro da terra. Já os de órbitas elípticas permitem contatos a maiores distancias, mas com equipamentos e antenas bem mais apurados.

No caso dos LEO existe um complicante, que é acompanhar a passagem do satélite que descreve no céu um arco, orientado em azimute e elevação; fazendo com que em cada passagem tenhamos um arco mais aberto ou mais fechado em relação a linha do horizonte.

Vamos supor que um determinado satélite, SO50 por exemplo, nos forneça os seguintes dados relativos a sua passagem:

Inicio da órbita (AOS) = 07:15 aos 359°
Fim da órbita (LOS) = 07:25 aos 180°
Máxima elevação = 57 °

Traduzindo: O satélite, aparecerá as 07:15, AOS (Acquisition Of Signal, ou Aquisição do Sinal) na linha do horizonte em direção ao Norte, descrevendo um arco que passará, quase por sobre o observador entre o Atlântico e o continente, passando pela elevação máxima de 57 ° e iniciando a descida, novamente em direção ao horizonte, saindo pelo Sul, com LOS (Loss Of Signal, Perda do Sinal). Tudo isto dentro de um período de exatos 10 minutos, das 07:15 as 07:25.

Durante este período, todas as estações que estejam dentro do alcance do satélite (foot print), poderão se comunicar, permitindo em média, contatos da ordem de 2000km a
3000 km de distância.

Como toda repetidora, e satélites são repetidoras voadoras, temos de adotar um canal de entrada e um canal de saída; sendo neste caso as freqüências de subida (Uplink) e descida (Downlink), para o SO50 por exemplo, em 145.850 mhz e 436.796 mhz, respectivamente.

No entanto, em se tratando de uma “repetidora” em movimento os sinais de subida e descida são afetados pelo efeito de doppler, fazendo que durante sua passagem a freqüência varie de 436.805 no inicio (AOS), 436.795 no centro da órbita e 436.790 ao final da passagem (LOS), aproximadamente.

É o mesmo efeito observado por alguém parado em uma calçada, e que por ele passe uma “ambulância de sirene ligada”; fazendo dar a impressão que o som da sirene varie do mais agudo ao mais grave durante o deslocamento.

Nos satélites que operam com transponder em SSB, o efeito se torna ainda mais perceptível principalmente nos sinais em CW. Para completar, além do doppler, temos ainda o spin, rotação do satélite que faz variar a polarização dos sinais, que hora chegam verticalmente , hora chegam horizontalmente polarizados.
AS VARIANTES
Até aqui podemos notar que operar via satélite, requer atenção a uma gama bem ampla de variantes:
  • inicio da órbita
  • coordenada de entrada
  • variação da elevação
  • variação da freqüência
  • variação da polarização
  • variação de azimute
E é exatamente esta quantidade de variantes, que faz da operação via satélite mais uma desafiante opção da prática do radioamadorismo.
A ÓRBITA
Para os mais afetos à matemática, com certeza; calcular manualmente a próxima passagem do satélite é algo gratificante, mas torna sem dúvida a operação bem mais complicada. Para facilitar as nossas vidas entretanto, dispomos atualmente de vários programas muito bons para previsão de órbitas. Entre eles podemos destacar:
  • Winworbit – freeware
  • Orbitron – cardware
  • Nova For Windows – pago
Entre outros tantos que podemos localizar via internet, são os citados, os mais populares entre os operadores de satélites da atualidade. Alguns deste programas inclusive, com a interface apropriada, permitem controlar o conjunto de antenas em azimute e elevação, acompanhando automaticamente a passagem do satélite e dependendo do equipamento utilizado para UP e Downlink, acompanhar a variação doppler.
AS FREQUENCIAS
Uma maneira, bem prática, se obter informações sobre os satélites para amadores, é visitando a página da AMSAT, em www.amsat.org .Alias, antes de qualquer aventura, vale a pena dar uma boa navegada no site da AMSAT!
Cabe aqui um parêntese; referente a utilização dos segmentos do espectro radioelétrico. Para que todos nós possamos continuar convivendo em paz, devemos seguir as normas e os acordos de ética operacional, evitando interferências prejudiciais que acabem inviabilizando não só a operação via satélites; mas todos os outros não menos excitantes e diferente modos de emissão.
A ESTAÇÃO
Após ter adotado o programa escolhido e de posse do conhecimento necessário, para escolher este ou aquele satélite, temos de devotar especial atenção a estação; pois com certeza, dela exclusivamente depende o nosso sucesso.
Antes de qualquer tentativa de transmissão, e este é nosso impulso natural, pois caso contrário seriamos radio escutas, temos de ter certeza absoluta de uma, no mínimo, muito boa recepção! Pois como vimos além de sofrer o efeito de variação de freqüência, doppler, temos o efeito de variação de polarização, spin, além é claro da degradação dos sinais de descida dos satélites, que para uma economia lógica de baterias, (e eles são alimentados por baterias carregadas por meio de coletores solares), as potencias de descida são invariavelmente na casa do 1 watt, fazendo que no caso de satélites de órbitas mais distantes, seja necessário o uso de pré-amplificadores de recepção, que também podem auxiliar neste nosso caso em particular, os LEO.

ANTENAS


Para que isto seja possível, temos de nos ater ao conjunto de antenas de recepção. Para os menos exigentes, podemos utilizar antenas do tipo turnstile, que são compostas por dois dipolos cruzados e defasados a 90º , isto para permitir a recepção em polarização tanto horizontal quanto vertical. Veja figura ao lado.
Este tipo de antena, muito conhecido pelos operadores de satélites meteorológicos, pode ser utilizado com relativo sucesso, em28, 144 e 432 mhz, tanto em recepção como em transmissão.

Uma boa lida nos handbooks da ARRL ou no HANDBOOK DO RADIOAMADOR de Aslaz, elucidará as dúvidas relativas a este tipo de antenas.


Estas porém servem basicamente para órbitas mais próximas, mais por sobre as nossas cabeças, e assim como a operação via repetidoras terrestres, se quisermos alcançar DX, ou seja, órbitas mais baixas que permitam uma maior área de cobertura, aí sim, devemos direcionar nosso poder de fogo, utilizando yagis, principalmente as de polarização circular ou cruzadas.

YAGI DE POLARIZAÇÃO CIRCULAR

Neste tipo de antena, temos duas yagis, na mesma gôndola, defasadas a 90 graus.
Para a yagi, de polarização linear, basta montar somente uma das antenas.
E como já foi dito em parágrafos anteriores, ambos os tipos de antenas, devem ser orientadas em azimute e elevação, manualmente ou por meio de rotores.
Entretanto para o caso dos LEO, devemos tomar cuidado para não se utilizar antenas de alto ganho, pois este faz com que o lóbulo principal

fique muito agudo, tornando a antena muito seletiva, necessitando de correção a todo o momento. Este problema, por outro lado, pode ser reduzido ao se utilizarem sistemas informatizados de rastreamento da órbita, via interface oferecida por alguns programas.


ANTENAS HELICOIDAIS

São estas sem dúvida, a melhor opção para quem deseja realmente uma operação séria e eficiente, via satélite. Devido ao seu formato em espiral, permitem com bom ganho uma recepção circular perfeita, podendo ser polarizadas tanto a direita (RHCP= Right Hand Circular Polarization) quanto a esquerda (LHCP= Left Hand Circular Polarization), sendo padrão para operação via satélites, a polarização a direita.

O EQUIPAMENTO


Com o advento dos satélites em FM, ficou muito fácil operar estas repetidoras espaciais, pois a grande maioria dos equipamentos oferecido ao mercado, possuem condições tanto de transmissão quanto de recepção.Neste caso em particular o ideal e preferível, é que se tenha condições de efetuar a monitoração de descida do sinal do satélite, durante nossa própria transmissão.

Muitos preferem em função de seletividade, versus sensibilidade, a utilização de equipamentos independentes para UP e Downlink, permitindo assim além da boa operação via satélite, também a operação de DX em VHF e UHF, entre uma passagem e outra.
Atualmente porém, a grande tendência é a fabricação de equipamentos multibanda, oferecendo numa única peça a possibilidade de operação automática em bandas cruzadas e correção automática de doopler, em alguns modelos específicos.

Para os equipamentos mais comuns, e voltando aos satélites em FM, devemos ter em mente as seguintes características:

  • DUAL BAND
  • FULL DUPLEX
  • Comandos independentes para cada banda
  • STEP mínimo de 5 khz, pois para alguns rádios o passo menor é de 10 khz, impossibilitando a operação de recepção, devido do doppler.
  • Transmissão com subton, programável.

Uma boa opção para quem deseja operar de maneira econômica; é a utilização de seu VHF base para o Uplink acompanhado de um HT para recepção, fazendo com que assim se possa inclusive, operar de maneira portátil, abrindo um novo leque de opções para a operação via satélite.

Pode-se também, optar pela operação QRP, utilizando para isto rádios HTs, tanto no RX quanto no TX, desde que utilizadas as antenas apropriadas.



A OPERAÇÃO PORTÁTIL
O autor deste pequeno texto, por experiência própria, operou portátil/móvel em várias cidades do Rio Grande do Sul via UO14.

Para isto, experimentei os seguintes arranjos:
1) Uplink: FT23R, HT, 5 watts e yagi de 3 elementos, montada em cano de pvc.
Downlink: ICU68, HT, com yagi de 3 elementos, montada na mesma gondola de VHF, defasadas em 90 graus.

2) UP/Downlink: TM721A, dual band, sem duplexador, com yagi dual band, parecida com a da figura ao lado, porém com gôndola em PVC e elementos em FIO de cobre, 8 mm.
3) Uplink: TM 7212 A, antena vertical ¼ de onda, base magnética.
Downlink: ICT7A, ht dual band, antena yagi de 5 elementos, polarização linear.

Em todos os casos acima, as antenas são utilizadas na mão do operador, permitindo apontar as mesmas para o satélite durante a passagem, com a vantagem de poder variar a polarização, de vertical para horizontal rápida e facilmente. Em todos os casos, foram observados 100 por cento de sucesso nos QSOs via satélite. Sendo porém por comodidade, em função do peso das antenas, adotado o ultimo arranjo. Tendo em vista a antena de Uplink ficar fixa no veículo, fazendo com que a yagi de Downlink fosse utilizada só com os elementos de UHF, pesando perto de 0,3 kg.

MÃOS A OBRA
Assim sendo e de posse destas informações, aliadas a perspicácia e ao desejo da aventura, características típicas do RADIOAMADOR VERDADEIRO, temos as ferramentas mínimas necessárias para dar início a operação via satélites, adicionando ao nosso currículo de radioamador mais um excitante modo de exercício, deste tão maravilhoso mundo das radiocomunicações.

Colaboração de Cianus Luis Colossi, PY3DU

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A História da Faixa do Cidadão (PX)

O Serviço Rádio do Cidadão iniciou-se nos Estados Unidos por volta de 1947, devido a invenção (sim, ela foi inventada) do radioamador W8PAL - Al Gross, e popularizada pelo brinquedo (naquela época era só um brinquedo) conhecido como Walkie-Talk (transceptor de mão ou, "para caminhar"), e foi quando a Comissão Federal de Comunicações (FCC) abriu o licenciamento para uso do público em geral, da banda de 460-470 MHz. Em 1948 foram introduzidas três classes deste serviço (A, B e C) mas a tecnologia daquela época não era suficientemente avançada para fornecer equipamentos de baixo custo, capazes de operar na faixa de freqüência designada.
Em 1958 a FCC revogou parte da banda dos 11 metros (27MHz) previamente compartilhada por radioamadores e usuários industriais para o Serviço Radio do Cidadão, criando uma nova classe do serviço, a Classe D. A banda foi dividida em 28 canais, 5 dos quais foram reservados para equipamentos de telecomando (brinquedos e outros aparelhos controlados por controle remoto).
Em plena década de 70, nos Estados Unidos, o Radio do Cidadão alcançou a sua maior popularidade e, em 1976, mais 17 canais foram adicionados, criando-se a faixa normalmente conhecida como Faixa do Cidadão que vai de 26.965MHz a 27.405MHz (40 canais + 5 telecomandos).
Em 1977, 15 milhões de norte-americanos possuíam licença para utilizar esta faixa, entretanto, as autoridades estimavam em 100 milhões o número de aparelhos em circulação.
Em 1983 a FCC deixou de requerer a licença para operação, após uma decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, que declarou ser inconstitucional licenciar o cidadão no direito da livre expressão pessoal e/ou comunicação.
Na Europa, o Serviço de Radio do Cidadão, que é chamado oficialmente de Radiocomunicações Pessoais 27' (PR 27'), foi introduzido nos anos 60.
Nos anos 80, os vários governos europeus já tinham suas próprias legislações e alguns, reconhecendo que deveriam ser desenvolvidos serviços de melhor qualidade, facilitaram o uso da faixa dos 900 MHz.
Em 1984, o Parlamento Europeu reconheceu "a importância do uso do Radio do Cidadão como meio de expressão e comunicação para os cidadãos da Comunidade Européia" (Resolução de 30/03/1984).
Com o avanço da tecnologia das telecomunicações (como por exemplo: o surgimento da telefonia celular, que opera na faixa dos 900MHz ) e a intenção de unificar as legislações dos países que formam a Comunidade Européia, o panorama mudou bastante.
Em 1965, mesmo ilegais, grupos de Radioamadores e também iniciantes do Brasil inteiro, usando equipamentos de montagem própria, já operavam nas frequências de 27MHz, apaixonados pelo baixo ruído de estáticas (comparados às bandas de 40 e 80 metros) e o uso de antenas menores e eficientes. Eles eram reconhecidos provisoriamente pelos serviços de fiscalização de Radioamadores e classificados como BX (carinhosamente chamados de BATATA XINGÚ) a qual lhes cabiam todas as responsabilidades de eventuais interferências.
Finalmente em 1970, o serviço de Rádio do Cidadão foi introduzido no Brasil, inicialmente com 23 canais e mais 5 telecomandos, imitando a legislação americana e tendo seu uso destinado para fins profissionais e familiares. Em 1979, atendendo aos pedidos dos milhares de operadores desta faixa e aos presidentes de vários grupos organizados, uma nova portaria (01/80) ampliava então para 60 o número de canais, sendo 26.965MHz como canal 1 e 27.605MHz como canal 60 (60 canais + 5 telecomandos).
Em alguns países da Europa, prevalecem até hoje, apenas 16 canais e em outros como o Japão, o serviço foi definitivamente cancelado.
IMPORTANTE: Os rádios de 60 canais fabricados no Brasil, possuem os canais 23, 24 e 25 diferentes em frequências dos rádios de 40 canais Americanos. Isso acontece porque na época inicial da faixa, um rádio precisava para cada canal, 2 cristais, sendo 1 para a transmissão e outro para a recepção, com diferença de 455kHz entre eles. Nesse caso, um rádio de 23 canais precisaria de 46 cristais, elevando acima do aceitável os custos de fabricação destes aparelhos. Felizmente, em 1958 nos Estados Unidos, foi inventado um tipo de sintetizador que tornou possível obter 23 canais, respeitando os 5 telecomandos com apenas 14 cristais, diminuindo assim os custos dos equipamentos sem perder a qualidade. Só que esse tipo de sintetizador combinado com o cálculo de mais 5 canais de telecomandos, forçou um buraco de 2 nanais entre o 22 e o 23 que ficaram vazios (sem nome) até que em 1975/6 surgiu o "Flip-Flop" (vários integrados numa placa separada, protegida por uma caixa de metal, que fazia um trabalho de laço fechado) e depois, o PLL (um único circuito integrado capaz de sintetizar frequências, controlado por "buffers" ligados aos contatos de um seletor de canais). Eles possibilitaram aumentos de canais com custos bem menores e com mais precisão de frequências, pois eram assessorados por até 3 cristais somente.
Quando em 1976 a nova legislação da FCC Americana aumentou de 23 para 40 canais, todos os novos modelos eram obrigados a sintetizar somente com "Flip-Flop" ou PLL e, os antigos rádios de 23 canais que eram controlados a cristais, tiveram seu uso proibido, tendo aqueles 2 canais vazios entre o 22 e 23, ocupados pelo número 24 e 25 sendo a ordem:
22 (27.225MHz), 24 (27.235MHz), 25 (27.245MHz), 23 (27.255MHz) e assim por diante.
O PLL reina até hoje, marcando o fim dos aparelhos com grande quantidade de cristais osciladores.
No Brasil, em 1979, o DENTEL aumentou de 23 para 60 canais e a arrumação das novas frequências respeitaram a sequência padrão dos antigos de rádios 23 canais até o canal 22, mas ignorando a troca que os americanos fizeram nos canais 23, 24 e 25, mantendo a separação de 10kHz do canal 22 até o canal 60. Os padrões de frequências da nova portaria ficaram:
22 (27.225MHZ), 23 (27.235MHZ), 24 (27.245MHZ), 25 (27.255MHZ), 26 (27.265MHZ) e assim por diante.
Nesse caso os canais trocados ficaram:
Rádios 40 Canais Rádios 60 Canais* Frequência
23 25 27.235MHz
24 23 27.245MHz
25 24 27.255MHz

(*) A CCE, por ser uma empresa Brasileira, lançou no mercado entre seus modelos de 60 canais, alguns rádios de 40 canais com a mesma legislação dos rádios de 60 canais. Logicamente, esses rádios foram fabricados com os 3 canais trocados comparados com os rádios de 40 canais Americanos.
Veja na tabela abaixo o método utilizado nos rádios de 23 canais para sintetizar com 14 cristais. São 6 cristais de 37 mhz com separação de 50 khz entre eles, seguidos de 4 cristais de 10 mhz separados por 10 khz entre eles na transmissão e 4 cristais de 10 mhz separados por 10 khz entre eles na recepção. A diferença de frequências entre os cristais de 10 khz da transmissão e recepção é de 445 khz que é a mesma frequência do canal de FI (frequência intermediária). Observe que para a constituição dos canais de telecomandos, foi necessário separar em 20 khz entre 2 cristais de 10 mhz.

10.635MHz 10.625MHz 10.615MHz - 10.595MHz
37.600MHz 1 2 3 3TC 4
37.650MHz 5 6 7 7TC 8
37.700MHz 9 10 11 11TC 12
37.750MHz 13 14 15 15TC 16
37.800MHz 17 18 19 19TC 20
37.850MHz 21 22 PA(24) N/C (25) 23
10.180MHz 10.170MHz 10.160MHz - 10.140MHz
Master RX TX Canais PA N/C

Esse foi o mais comum dos sintetizadores usados em quase todos os antigos rádios de 23 canais. Também foram criados outros sintetizadores com apenas 12 cristais, mas poucos foram usados porque eles surgiram pouco antes da invenção do PLL. O canal 24 fica na marca do PA (um corte nos contatos do seletor de canais marcado por um ponto entre os canais 22 e 23 impedindo o seu funcionamento) e o canal 25 simplesmente pula como se fosse o sexto canal de telecomando (só existem 5 canais de telecomando nesta faixa).

O Que é o eQSO ?

   É o primeiro software dedicado especialmente aos operadores da faixa do cidadão. Esta disponível e atualizada a relação dos operadores já cadastrados no sistema VOIP.
   Quem coordena o eQSO? O eQSO é coordenado por colegas que no dia-a-dia e a gestão do sistema é realizada por ADMIN's, que dedicam seu tempo.
   O nosso 1º servidor para conectar-se é o brasilcidadao.no-ip.org porta 10024, e não exige senha.
   Para fazer uso, basta você baixar o software, instalar no computador, escolher o servidor no qual você vai falar, e mandar ver. Em alguns servidores  é necessário se faça um cadastro antes de fazer uso.

   Baixe o programa e faça um teste, fale até com colegas de outros países, para quem gosta de PX não tem melhor.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Você Conhece o CQ100 ?

Todos nós radioamadores já tivemos algum problema como: - propagação, interferências causadas e recebidas, invasão de radioamadores não habilitados legalmente, transmissões não identificadas por tratar-se apenas de uma emissão de áudio, ruídos atmosféricos entre outros, horário adequado para operar em determinada faixa, etc.

Temos ainda um problema de discriminação social disfarçada, legal, que é a separação dos radioamadores em grupos distintos, classificados por faixas represantadas pelas letras A, B, C, etc. (já houveram outras: Z por exemplo), impedindo que todas as pessoas se tratem como seres humanos de igual valor.

Encontramos outra situação típica no sistema em razão de sua origem que é o enraigamento ao sistema tradicional por grande número de radioamadores antigos, em virtude da forma como foi iniciada a atividade radioamadorística desde sua criação em 1895 e regulamentada em 05/11/1924, através do Decreto nr. 16.657.

Mas, de tudo isto, colhemos uma experiência positiva: os grupos estavam discriminados em apenas três (A, B e C) e em todas as faixas de comunicação agregavam-se grande número de pessoas, reunindo-se todos, independentemente de classes, nas festividades de encontros de radioamadores.

Veio a tecnologia, e com ela alguns sistemas como Echolink, eQso, HamSphere, Cq100, entre outros, específicos para radioamadorismo, além de outros de uso geral como Msn, Skype, etc.

Estes sistemas vieram solucionar a maior parte dos problemas limitantes à continuidade do radioamadorismo na época atual: independência de propagação, inexistência de interferências causadas ou recebidas, impedimento da invasão de radioamadores não habilitados legalmente, ausência de  ruídos atmosféricos entre outros, horário adequado para operar em todas as faixas e, indiscriminação de classes, operando todos como seres humanos iguais, etc. 

Como todas as vantagens carregam juntos algumas desvantagens, estes sistemas não são diferentes.

A maior (talvez única – não lembro de outra) é o desagregamento involuntário, causado pela confusão imposta a cada um no momento da escolha de um sistema, o que vem a gerar uma nova separação, desta vez não por classes, mas por grupos, pois, alguns escolhem Echolink, enquanto outros escolhem o eQso, entre outros, fazendo com que todos tenham as melhores condições de operação, mas o grupo de operadores fica consideravelmente menor e dificulta uma organização eficiente.

Conheça então o Cq100, e encontre nele tudo o que um radioamador pode desejar de um sistema de rádio, acrescido ainda das vantagens acima mencionadas: independência de propagação, identificação da estação operante, e todas as demais já referidas.
.


Para se cadastrar clique no link abaixo.  Ao abrir a págima você pode ver uma demonstração clicando em Click here to see a video demonstration logo abaixo de

Video Demonstration.

Para fazer seu cadastro clique no item REGISTER, na faixa logo abaixo de QsoNet, em vermelho, próximo ao topo da tela.




Nota: Se você ainda usa o Internet Explorer 6, poderá ter problema de leitura de alguns caracteres gráficos.
Colaboração de PU3YKA - Osmar


Conheça mais:

 CQ100 é o primeiro transceptor de HF por software projetado para comunicação em cima do sistema do QsoNet.

Características e especificações:
- cobre 5 bandas de HF sendo 80, 40, 20, 15 e 10 metros.
- O microfone do computador provê a modulação de voz.
- O modo CW pode ser feito digitando no teclado, ou por donecção via placa de som.
- É mostrada a atividade de rádio dentro de uma gama de varredura de 50, 100, 200, e 500 Khz (SWEEP).
- Indicativo, nome do operadopr, QTH, etc. as estação transmissora são exibidos automaticamente.
-“Rodadas” de QSO são possíveis poeque qualquer freqüência pode ter um número grande de ouvintes.

Requerimento do sistema:
-O CQ100 requer Windows 2000, XP ou superior
-Conecção segura com a internet com 33,6K com modem dial up ou mais alto.
-Placa de som com alto-falante e microfone ( ou fone de ouvido)
-Gratuito pelos primeiros 90 dias (após este período você deve registrar o software no valor de $32,00 por ano)

O Que é o Echolink?

Echolink é um software que permite que radioamadores licenciados possam se comunicar com outros radioamadores de qualquer lugar do mundo atraves da Internet com a utilização da tecnologia VoIP - Voz sobre IP. O programa permite comunicações de PC para PC, de PC para estações de rádio ou de estações de rádio para estações de rádio. Esse modalidade aumenta muito a capacidade de comunicação dos radioamadores. Há mais de 150.000 radioamadores registrados de 152 nações.

Essa modalidade tem permitido que radioamadores do mundo todo se comuniquem facilmente trocando informações e ajudando muito no aprendizado de linguas estrangeiras.

No início houve uma preocupação de que esse tipo de software poderia acabar com o radioamadorismo. Logo se percebeu que se tratava de apenas mais uma modalidade a ser somada a ele, e não algo que iria substituí-lo.

Um link através do seu PC permite que você ou sua repetidora local acesse mais de 2000 estações disponíveis. Veja as opções de operação:


PC para PC

Utilizando o microfone e o alto falantes de seu PC você pode se comunicar com qualquer radioamador do sistema Echolink. Nessa configuração você precisa ter apenas o software e o PC conectado a Internet.

Rádio para PC

Você pode ligar um link simplex ou até uma repetidora em seu shack utilizando seu rádio de VHF ou UHF conectado ao PC. Qualquer um no alcance de seu rádio poderá se comunicar por voz com outras estações Echolink de qualquer lugar do mundo. Para operar desse modo você precisará do software, o PC com conexão de Internet e a interface Echolink.

Rádio para rádio

Do mesmo modo que você pode fazer um link de sua estação de rádio com uma freqüência simplex ou de repetidora com seu PC, outro radioamador também poderá ter a mesma configuração, e assim permitir que você, operando do rádio, se comunique com outro radioamador de qualquer lugar do mundo também operando por rádio. Desse modo qualquer radioamador do mundo poderá contactá-lo em seu rádio.

 
O que é preciso para cada modo de operação

Para operar do seu PC você precisa apenas do microfone, alto falantes, conexão Internet e o software. Para operar através de rádio você precisa do PC com conexão de Internet, uma interface Echolink e o rádio.

A figura a seguir ilustra como funciona o sistema Echolink:
Um radioamador em São Paulo opera um HT sintonizado na freqüência do rádio que deixou em casa conectado à interface Echolink. O sinal do radioamador passa pela interface alcança o outro PC através da Internet. Através da outra interface o sinal chega ao rádio e é trasmitido ao outro radioamador que está operando o HT.

Como conseguir o software

O sistema é bem simples e para conhecê-lo basta apenas fazer download do software que é grátis. Clique no link abaixo e em seguida digite seu prefixo e
e-mail. Você será levado a uma página em inglês onde bastará clicar no link:"Click here to Download". O download deverá se iniciar.

Download do Software Echolink





Esta matéria foi publicada por:
Por PY2JF
João Roberto Gandara
No site: www.crambr.org

Pequeno Guia Para Rádio Operação

PROCEDIMENTOS PARA MELHOR COMUNICAÇÃO

“O rádio é o mais versátil meio de comunicação desenvolvido pelo homem em situações normais ou emergências. O RÁDIO AINDA É IMBATÍVEL”

ÉTICA OPERACIONAL É

1-Antes de transmitir verifique se a freqüência estadesocupada 

2-Em nenhuma circunstância discuta com alguém na freqüência, situações de serviço devem ser discutidas internamente. Não ocupe a qrg com altercações.
 
3-Em caso de interferências propositais não “brigue” com o causador, é justamente o que ele quer. Não discuta e procure meios para tentar identificar o elemento.
 
4-Na radio operação profissional a troca de informação deve ser a mais rápida possível, comunique somente o essencial, de maneira clara e precisa.
 
5-Não use a freqüência para brincadeiras com seus colegas de trabalho.

6-em situações de emergência, mantenha a calma e procure falar de maneira clara e pausada, Falar de maneira excitada e rapidamente só complica. Mantenha o controle.

7-Não use na comunicação profissional nenhum tipo de apelido, sempre use o nome da pessoa.

8-Trate todos com gentileza e educação. Gentileza gera Gentileza.

9-Não use gírias

10-evite comentários com opiniões pessoais

11-Não deixe comunicações sem retorno de entendimento: Basta dizer, exemplo: Bravo2 qsl.Maré- qsl...Central qsl etc. Isto evita a pessoa ter que ocupar a freqüência só para confirmar se foi compreendido.
 
O POUCO COMPREENDIDO CÓDIGO Q 

Muitos acham que o código Q está ultrapassado, ou que se presta somente para a prática do Código Morse (CW).
Trata-se de um engano. Na fonia o código Q pode ser extremamente útil para agilizar comunicações e até mesmo evitar confusões de entendimento, senão vejamos:
 
Códigos mais úteis na fonia: 

QRL-ESTOU OCUPADO
QRM-INTERFÊRENCIA DE OUTRAS ESTAÇÕES
QRN-INTERFERÊNCIA DE NATUREZA ELÉTRICA
QTO-BANHEIRO
QRA-NOME DA PESSOA OU ESTAÇÃO
QSL-MENSAGEM COMPREENDIDA TOTALMENTE
QTH-LOCAL DE ONDE SE MODULA
QRV-ESTOU A POSTOS PRONTO PARA RECEBER A MENSAGEM
QRZ-QUEM ESTÁ ME CHAMANDO.CONFIRME
QRX-PAUSA MOMENTANEA
QSJ-DINHEIRO
QSO-A COMUNICAÃO EM SI
QSP-FAZER A PONTE, RETRANSMITIR A MENSAGEM PARA OUTREM.
QSQ-O MEDÍCO ESTA À BORDO???...MÉDICO A BORDO
QTA-ANULE TUDO O QUE FOI DITO ANTERIORMENTE
QSY-MUDAR A FREQUENCIA DE TRANSMISSÃO
QTR-HORA
 
OBS: O MUITO USADO QAP É DE USO EXCLUSIVO DA AERONÁUTICA, O CERTO SERIA 

QSX: ESTOU NA ESCUTA, SEMPRE QUE POSSÍVEL USE O QSX.NO ENTANTO NESTE CASO QAP É UM ERRADO QUE ACABOU VIRANDO CERTO...
QTC-MENSAGEM A TRANSMITIR
QTP-POUSO DE AERONAVE
QTZ-CONTINUA A BUSCA, POR ALGUÉM POR SOBREVIVENTES ETS..
QUA-VOCÊ TEM NOTICIAS DE ALGUÉM..PARADEIRO DE VIATURA ETC...
QRG: FREQUENCIA
QRS-FALE MAIS DEVAGAR
QSF-SALVAMENTO EFETUADO
QUB:CONDIÇÕES DO TEMPO

OBS: O CÓDIGO Q PODE SER USADO NA FORMA AFIRMATIVA OU INTERROGATIVA 

CÓDIGO ALFA /ZULU:

TKS-OBRIGADO
ETA-HORÁRIO ESTIMADO DE CHEGADA
ETD-HORÁRIO ESTIMADO DE SAÍDA
WX-PREVISÃO DO TEMPO
TX-TRANSMISSÃO
RX-RECEPÇÃO
OUTROS USADOS:
RÓGER-O MESMO QUE QSL
HÓC DÓC-O MESMO QUE QSL
73/51-LEMBRANÇAS E AQUELE ABRAÇO
LINHA DE 500/BAIXA FREQÜÊNCIA: LIGAÇÃO PARA TEL FIXO.
ALTA FREQÜÊNCIA: LIGAÇÃO PARA CEL.
Exemplo: companheiro aguarde vou fazer uma linha de 500 ou uma alta freqüência etc...

Exemplos:
Na radio fonia profissional, melhor utilização do tempo e evitar má interpretação do que foi dito é fundamental. Veja a “economia” provocada pelo uso do código Q ou abreviaturas do alfa/zulu:
a-Central aqui papa1, vou dar uma paradinha para ir ao banheiro
b-ok papa1, tudo compreendido
Com o código Q
a-Central Papa1 qrx para qto
b-Qsl (ou Roger)
b-Papa2 qual a sua localização e que horas você vai chegar aqui
a-ok central estamos na praça e vamos chegar ai 13 horas..
Com o código q e o alfa/zulu
b-Papa2 aqui central: qth e eta
a-qth praça eta 13 horas
a-Central aqui papa2 eu tenho uma mensagem
b-aguarde, estou ocupado não posso atender agora..
Com o código Q
a-Central, papa2 qtc
b-papa2 central QRL 

E assim sucessivamente. Sempre que possível deve ser usada a utilidade do código para diminuir a margem de erro e diminuir o tempo de QRG ocupada e até dificultar a compreensão por parte de leigos.
 
SEMPRE QUE SE TRATAR DE INFORMAÇÃO PRIORITÁRIA DEVE A MESMA SER
CONFIRMADA.(ordens etc...)(COTEJADA)

EXEMPLO
a-central,papa3 eta 22horas..confirme
b-eta 22horas qsl
PARA DIMINUIR OS ERROS É IMPORTANTE O USO DO CÓDIGO FONÉTICO, PADRÃO INTERNACIONAL OU BRASILEIRO.E A CODIFICAÇÃO NUMÉRICA.USE- OS QUANDO NECESSÁRIO OU QUANDO SOLICITAREM REPETIÇÃO DA ALFA/NUMÉRICA.

NUMEROS
1-uno
2-segundo
3-terceiro
4-quarto
5-quinto
6-sexto/meia duzia
7-sétimo
8-oitavo
9-nono
0-nada

Código Fonético Internacional:
A-alfa
B-bravo
C-charlie
D-delta
E-écho
F-fox ou foxtrote
G-golf
H-hôtel
I-india
J-juliét
K-kilo
L-lima
M-mike(maik)
N-november
O-óscar
P-papá
Q-Quebéc
R-romeo
S-siérra
T-tango
U-uniforme
V-victor
W-whiskey
X-x-Ray (éKes-rei)
Y-yankee
Z-zulu 

Código fonético geográfico (brasileiro)
a-américa
b-brasil
c-canadá
d-dinamarca
e-europa
f-frança
g-guatemala
h-holanda
i-india
j-japão
k-kenia
l-londres
m-méxico
n-noruega
o-oceania
p-portugual
q-quebec
r-roma
s-santiago
T-Toronto
u-uruguai
v-venezuela
w-washington
x-xingu
y-yucatan
z-zanzibar 

IMPORTANTE É O RADIO OPERADOR SABER:

-SE NECESSÁRIO A CODIFICAÇÃO DEVE SER USADA PARA EVITAR ERROS.
-QUE TODA A COMUNICAÇÃO DEVE SER A MAIS BREVE E SINTETIZADA POSSÍVEL.
-QUE NA DUVIDA SEMPRE DEVE SE PEDIR A REPETIÇÃO DA MENSAGEM OU A CONFIRMAÇÃO DO QUE FOI OUVIDO.
-O IMPORTANTE É QUE TODOS DOMINEM COMPLETAMENTE TODOS OS CÓDIGOS, O QUE NÃO É DIFICIL, BASTA UM POUCO DE EMPENHO DE CADA UM.
-PARA QUE A UTILIZAÇÃO DO CÓDIGO ALCANCE SEU OBJETIVO TODOS DEVEM CONHECÊ-LO. TODOS SAIRÃO GANHANDO COM A UTILIZAÇÃO DO MESMO.
-A DEFINIÇÃO DA CODIFICAÇÃO DEPENDE DAS NECESSIDADES QUE O TRABALHO DETERMINA.

SUGESTÃO: UMA ESTAÇÃO QUE RECOMENDAMOS ESCUTA PARA SE OUVIR A CORRETA UTILIZAÇÃO DO CÓDIGO Q, ESTÁ NA QRG 162.390 em vhf/fm, CONCESSIONÁRIA DE ESTRADAS DO RIO. QUEM TEM RADIOS QUE PERMITAM ESTA ESCUTA DEVE FAZÊ-LO!


OTIMIZAÇÃO DE TRANSMISSÃO:

Unidades portáteis    HT-Hand Talkie ou WT Walk Talkie 

*Jamais segurar o ht pela antena, muito menos emtransmissão.
*Procurar usar Microfones de lapela que já vêm com acoplamento de alto falante e até saída para fone de ouvido, o que facilita operação em aéreas ruidosas ou em operações que necessitem de silencio.
*Sempre testar equipamentos antes de entrar emserviço.
*Manusear equipamento com cuidado, evitando pancadas. Limpa-lo periodicamente.
*Descarregar totalmente a bateria antes de recarregá-la para evitar o efeito memória.
*Quanto mais alta a freqüência, mas susceptível a interferências por obstáculos naturais.
*Em dificuldade de comunicação, posicione o HT voltado para onde está a antena receptora da sua unidade, evitando que seu corpo se interponha entre o rádio e a antena receptora.
*Procure um lugar mais alto para transmitir, quanto maior a altura, maior o alcance.
*Se seu equipamento tiver controle de potencia, transmita sempre na potência menor, passando para a maior somente quando necessário. No entanto em situações de emergência use a maior potência possível
*Procure sempre levar uma bateria reserva para o ht, devidamente carregada. A boa pratica operacional indica 3 baterias para o ht, uma sempre back-up em carga lenta, a em utilização e uma reserva, sempre junto com o operador.
 
UNIDADES MÓVEIS (VIATURAS)
*Sempre que possível instale a antena no centro do teto da viatura, é a melhor opção de todas.(isto é: ponto mais alto da viatura)
*Caso inviável use as calhas laterais, procurando a posição de meio da viatura, nunca demasiado à frente ou atrás.
*0s piores locais são no pára-choque do carro ou na mala do carro, evite sempre instalar antenas nestes locais, notadamente em UHF ou VHF.
*Se em dificuldade de comunicação em momentos críticos, procure colocar a viatura no ponto geográfico mais alto possível.
*Sob fiação de alta tensão sua tx/rx será prejudicada.
*Tanto na fonia com Walk Talkie, Viatura ou base, procure falar com o PTT(mic) afastado de sua boca mais ou menos 5 centímetros
 
DICAS ÚTEIS: 

*ANTES DE UMA OPERAÇÃO QUE IMPLIQUE RISCO DE VIDA, EM PRIMEIRO LUGAR, INFORME A SUA CENTRAL A SUA LOCALIZAÇÃO, PARA QUE EM UM REVÉS, A MESMA POSSA AUXILIA-LO DE IMEDIATO.
A PRIMEIRA INTEGRIDADE QUE TEM QUE SER PRESERVADA É A DOS AGENTES DA AÇÃO!!!
*ATENÇÃO: FATO MUITO COMUM EM TRANSMISSÕES DE ORGÃOS DE SEGURANÇA E QUE DEVE SER EVITADO: JAMAIS FORNEÇA TELEFONES PARTICULARES, NOTADAMENTE FIXO E MUITO MENOS ENDEREÇOS DE
COMPANHEIROS PELO AR.
HOJE, TRISTEMENTE, QUALQUER MILIANTE PODE COMPRAR VIA INTERNET APARELHOS DE ESCUTA DAS TRANSMISSÕES DE CB, PM, GM ETC... NÃO PASSE INFORMAÇÕES PESSOAIS QUE POSSAM COMPROMETER a segurança DE SEUS COMPANHEIROS.SE CODIFICADO, NÃO CONFIE TOTALMENTE NA INVIOLABILIDADE DO SISTEMA!
*CADA EMPRESA DE RÁDIO TAXI, PODERIA CRIAR SEU PRÓPRIO CÓDIGO DE SEGURANÇA, DE CONHECIMENTO APENAS DOS MOTORISTAS E OPERADORES, E QUE PUDESSE SER USADO EM MOMENTO DE DIFICULDADE.
 
EXEMPLO: Venhamos a supor que uma viatura seja vitima de um assalto no momento em que é chamada pela central. Poderia responder: Viatura CHARLIE ocupada no momento.
Charlieseria a palavra chave para identificar assalto em curso, o que possibilitaria a central chamar a policia e dar as características do carro. 

Em momentos deste tipo o radio taxista deve evitar códigos para que não desperte suspeita do meliante, agir de maneira calma e usar apenas a palavra chave ou frase chave que indicaria assalto em curso. A PALAVRA CHAVE OU FRASE DEVE SER A MAIS NORMAL POSSÍVEL, PARA NÃO DISPERTAR SUSPEITAS.NÃO ESQUEÇA QUE SEU RÁDIO PODE SER UM COMPONENTE DE SEGURANÇA.
 
*Por questão de segurança e melhor eficiência de trabalho as empresas de radio táxi terão que se conscientizar da necessidade de uma sala de rádio para coordenação dos taxistas e também para maior segurança dos mesmos. A coordenação de uma empresa de rádio táxi, no setor rádio, não deve ser feita pelo próprio taxista. Causa maior tensão e menor eficiência. Sala de rádio é fundamental!
*Nas suas comunicações não use na questão das horas o sistema AM/PM e sim o de 24 horas, ou seja, não use duas horas da tarde...Use são 14 horas, 15 horas etc...
*Todo aquele que opera, principalmente as centrais de rádio operação utilitária ou profissional, deve ser portador do Certificado de Radio Telefonista Restrito, mínimo exigido para operações em terra.
A prova pode ser feita na Anatel-RJ ou Anatel-ES e o material de estudo está disponibilizado no site da Anatel.
Não é necessário que o elemento seja Radio Amador, mas é necessário que tenha a Carteira de Radio Telefonista emitida pela Anatel.
RADIOAMADORISMO nada tem a ver com radiotelefonia profissional
*Dentro de um contexto emergencial, acontecemsituações de urgência e de prioridade.
Urgência: contato em que a rapidez é fundamental
Prioridade: Contato Preferencial, numa série ou ordemsuperada, no entanto pela Urgência.
Em situações extremas uma emergência somentetermina quando a última vítima é resgatada ou quando
o último cadáver é encontrado.

*Algumas freqüências de emergência em fonia:
146.520 vhf-Emergência de Radio amadores
27.065 Khz/usb-Emergência Faixa do Cidadão (PX)
156.800 Vhf-fm-Emergência MAR
121.500 Vhf-am-Socorro Aeronáutico
13.975 Khz/ssb- FAB, Sar, centro de coordenação de salvamento com sedes em Belém, Manaus, Recife, Porto Velho, Campo Grande, Brasília e Porto Alegre.
4.125 Khz/ssb-Socorro aero-marítimo
2.182 Khz/ssb-Socorro aero- marítimo
*A expressãouniversal de socorro é Mayd ay (meidei ou Mede) repetida 3 vezes, seguida de informações de localização e que tipo de socorro exigido.
*Qualquer Radio amador, ou radio operadores em situaçãoextrema, pode entrar em qualquer freqüência utilitária para pedir socorro: Bombeiro; policia etc.....
Desde que não consiga contato dentro de sua faixa pertinente, contatos por qualquer outro meio ao seu alcance, telefones, contato visual,ETC...E desde que a situação seja de risco imediato de vida.
Tendo ao seu alcance quaisquer outros meios não se deve interferir em freqüências utilitárias.
*Ao confirmar numerais use a codificação numérica, não de margem a equívocos.
*Falar depressa não é eficiência, eficiência é ser conciso e claro no que é comunicado.
*A maneira como você se expressa no rádio representa a qualidade da corporação, ou empresa em que você está. Você é uma espécie de porta-voz. Radio Operação é uma arte e se você escolheu este caminho, procure sempre aprimorar o seu trabalho e o dos seus companheiros. Qualidade de serviço nunca é demais
*Não confie somente em sua memória, comunicados importantes devem ser anotados e afixados em local visível.
*Você que repassa informações de localização, Não se esqueça de ao lidar com endereços, de pedir referências do local ou rua próxima mais conhecida. Referência é fundamental para andamento rápido da situação.
Tenha ao alcance um Guia Geral da sua cidade, e se possível um mapa da mesma.Mantenha estas informações sempre ao seu alcance.FAMI LI ARI ZE-SE  COM O MESMO.
*Ao coletar informações não se esqueça das três palavras mágicas: Onde, Quando, Porque. Exemplo: Onde foi o acidente, quando, causas e envolvidos.
*Não se esqueça de anotar nomes, se possível sobrenome, de solicitantes.EXEMPLO: Solicitante João. Ora João de que? Às vezes o complemento facilita, e se viável, deve ser pedido.
*Fale em tonalidade normal.Lembre-se que o aumento da tonalidade de sua voz em nada CONTRIBUI para aumentar o alcance de sua transmissão.
*O rádio operador que trabalha com telefonia, DEVE ser extremamente gentil no atendimento e: 

+jamais perder a paciência ao telefone.
+anotar todos os recados, não confiar na memória.
+quando necessário solicitar nome e sobrenome do comunicante.
+em dúvida peça repetição da informação.
+evite ao máximo que o telefone de mais de 4 toques antes do atendimento.
+não ocupartelefone emergencial ou de serviço com conversas particulares.
+ao enviar fax, sempre verifique recebimento.Não confie apenas no relatório do aparelho.
+procure anotar numerais, nome e recados com letra clara; de que adianta escrever o que nem você depois vai entender.
+jamais atender alguém ao telefone e deixa-lo de lado, sem ao menos pedir a quem esta na linha para que aguarde. Isto é ato deselegante; imagine se for seu patrão ou comandante ou ainda uma ligação prioritária.
+Se a situação a resolver demorar, periodicamente peça a quem está no telefone paraaguardar.
+Em necessidade de espera jamais de tempo definido às pessoas tipo: aguarde 2 minutinhos etc etc. Gerar expectativa de tempo torna a espera maisan gust iante para quem liga. Peça apenas: Queira aguardar, por favor.
Se necessário dê uma explicação sucinta do motivo da demora, mas não de um possível tempo de espera!

SISTEMA DE REPORTAGEM DE RECEPÇÃO:
*Na rádio operação profissional usa-se o padrão internacional chamado Readability Scale ESCALA DE CLAREZA.
O usadíssimo 5/5 e o 5.5 Não existem! São derivações deturpadas do código RST do radioamadorismo e que não são pertinentes a comunicação profissional.

USE A ESCALA DE CLAREZA:
Clareza uno--------Sem condições de entendimento (unreadable)
Clareza dois--------Intelegível por vezes(transmissão picotada) (readable now and then)
Clareza três-----------entendimento com dificuldade(readable with difficulty)
Clareza quatroInteligível embora com ruídos, chiados(re adable)
Clareza Cinco-Transmissão 100 por cento.Perfeita (perfectly Readable) 

*Procure usar ocorreto enão ceder avícios de comunicação com os famigerados 5/5, 5.5 que se tornam rotineiros por repetição. Usar o correto somente qualifica o seu trabalho.
*RF(rádio freqüência)
*A RF realmente pode causar malefícios a saúde.
Lembre-se da regra: quanto maior a freqüência, menor a potência necessária para danos.
Em VHF uso por muito tempo de potências superiores a 10W de saída, já são prejudiciais. Em uhf acima de 7 W!
*JAMAIS fique na frente de sistemas de microondas quando em transmissão..
*JAMAIS segure uma antena quando em transmissão
*Toda a irradiação tem seus efeitos físicos e por analogia, biológicos, variando conforme seu comprimento de onda.Assim como os raios x ou gama têm violentas e dramáticas conseqüências sobre os seres vivos, as ondas de rádio o têm de forma mais branda, mais tem.
*Em países mais adiantados neste campo, pesquisas feitas com operadores de rádio fonia ou cw, operando com alta potência durante longos períodos mostraram que nos operadores a RF tinha efeitos sobre o sangue, olhos, pele e glândulas, ocasionando: náuseas, insônia, tremores nas mãos, irritabilidade,dor de cabeça,olhos irritados, diminuição do interesse sexual,anemia e falta de apetite.
Se você é radio operador e trabalha por longos períodos em salas de rádio com sistemas de VHF e UFH (principalmente) usando potências, em VHF acima de 10W, e UHF acima de 7 W e apresentar os sintomas descritos pode estar na RF a causa do problema
*Então: Só use maior potência quando imprescindível; coloque a antena o mais afastado possível da sala de rádio; se for o caso use o aterramento como caminho de “fuga” para RF. Insira no cordão espiralado do seu PTT(mic) um barra de ferrite de cerca de 10cm para bloquear a RF que pode atingir seu corpo via microfone.  
*Não se esqueça que o setor que envolve todos os seguimentos que utilizam a RF tem um faturamento de mais de 600 Bilhões de Dólares por ano!!!E que analises
sobre efeitos da rádio freqüência vindas dessas fontes devem ser encaradas com reserva.Confie no que a prática demonstra!
 
Fonte: trabalho do Médico Radiologista Flávio D. Assis

 O PAI DA RADIOFONIA
PADRE ROBERTO LANDELL DE MOURA, O PRECURSOR DA RADIO FONIA, PATRONO BRASILEIRO DAS TELE COMUNICAÇÕES.
NASCIDO EM 21 DE JANEIRO DE 1861 EM PORTO ALEGRE 

Homem interessado por pesquisas científicas e um visionário à frente do seu tempo. Desde 1886 começou a imaginar um meio do homem se comunicar sem fio, pelo éter.
Paralela a sua atividade eclesiástica desenvolvia com extrema dificuldade as suas pesquisas, às vezes sob o olhar desconfiado da igreja e até de seus paroquianos.
Em 1893, muito antes da primeira experiência de Marconi, o Padre Landell realizava em São Paulo, do alto da av Paulista para o Alto de Santana, as primeiras transmissões de telegrafia e voz em uma distância de 8 mil metros em linha reta.
A EXPERIÊNCIA foi documentada pelos jornais da época e seu sucesso presenciado por diversas autoridades.Tratava-se da Primeira Transmissão da voz humana, sem fio, que se tem notícia!
A despeito do sucesso e de seus esforços, Padre Landell teve as suas tentativas de instalar seus aparelhos nos navios da marinha nacional, recusadas pelo governo brasileiro, que por ignorância deixou de colocar nosso país na vanguarda das comunicações sem fio de telegrafia e voz.
Também foi o precursor da idéia do Telefone sem Fio e acreditava na possibilidade da transmissão de imagens sem fio!Televisão!
Pesquise na Internet a vida do mais injustiçado Gênio Brasileiro, a primeira voz humana nas ondas do rádio
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Landell de Moura morreu aos 67 anos às 17:45 minutos do dia 30 de junho de 1928, vitimado pela tuberculose. Morreu anonimamente e triste por não ter seu trabalho reconhecido no país que tanto amou. Diversos de seus inventos foram patenteados nos Estados Unidos.
Em 1984 a Cientec de Porto Alegre montou uma réplica do transmissor de Ondas Landellianas, que pode ser considerado o primeiro aparelho de rádio transmissor do mundo.( que mostrado ao publico em 1893, foi patenteado em 1904 nos Estados Unidos)
A réplica funcionou perfeitamente!
Padre Roberto Landell de Moura, Orgulho do Rádio Brasileiro, por nós não deve ser esquecido!

Este pequeno manual foi feito com a motivação de incentivar a prática da boa Radio Operação Profissional e contribuir para melhor capacitação.E é basicamente para operações de rádio em Terra.As operações em Mar e Ar seguem padrões diferenciados.
Não se esqueça de sempre pesquisar e procurar aprender mais, a qualidade do seu serviço mostra quem você é.

Bibliografia
Apostilha GMDSS da Armada do Uruguai
Manual da Faixa do Cidadão de Hilton ª de Mello-Editora Antenna
QTC de Ivan Dornelles py3IDR
Guia de Comunicação da Aviação de Solange G. de Jesus.
Guia Operacional de Rádio Emergência de Dirceu C.Cavalcanti py5ip e J.Olimpio py5 ay
Manual de Procedimentos Rener-Ministério de Estado da Integração Nacional
Manual de Socorro de Emergência-de Raimundo Rodrigues Santos; Marcelo Dominguez Canetti; Célio Ribeiro Júnior e Fernando Suarez Alvarez-Editora Atheneu
Amateur Radio Emergency Communications Course-Da ARRL
Guide to Emergency Survival Communications de David Ingram- edição da Universal Lectronics, Inc.