domingo, 27 de novembro de 2011

Frequência de Chamada Nacional


   Vamos difundir esta frequência de chamada nacional, para que em qualquer ponto do País, no caso de uma dificuldade ou apenas bate papo com os amigos, possamos estar sempre na mesma sintonia.

30º Encontro de Radioamadores

   Realizou-se no último dia 20 de Novembro, na cidade de Campos dos Goytacazes - RJ, o 30º Encontro de Radioamadores. Mais uma vez o presidente da ARCAM na pessoa de Antonio Martins (PY1TD) se superou na organização do evento, que como o anterior, foi o maior sucesso. Desta vez, com medo de São Pedro bagunçar a festa, a mesma foi realizada na sede da ARCAM, localizada na Casa do Pequeno Jornaleiro, no centro da cidade (uma vez que no ano passado choveu na data, e muitos companheiros reclamaram da distância para chegar ao evento), mas foi tudo como deveria ser, maravilhoso. Abaixo temos algumas fotos do encontro, e o link para o álbum com todas elas. Divirtam-se...






https://picasaweb.google.com/102550046789988466597/30EncontroDeRadioamadoresDeCamposARCAM?authuser=0&authkey=Gv1sRgCIOqi_Cyo5iwQQ&feat=directlink#

sábado, 19 de novembro de 2011

ÉTICA EM REPETIDORES

Apresentamos aqui algumas dicas de como se comportar corretamente nos repetidores, garantindo assim uma integração maior e a certeza de conseguir muitos amigos.

1 - Sempre que for solicitar algum colega, chame-o pelo indicativo. Agindo dessa maneira, quem está na escuta não terá dúvidas de que é um radioamador que está querendo usar o repetidor

2 - Sempre que entrar em alguma rodada, certifique-se que sabe o prefixo e o nome de cada um dos integrantes, bem como o assunto em pauta. Não existe coisa mais desagradável do que você estar falando com os amigos e alguém entrar interrompendo, fazendo ping-pong e não cumprimentando ninguém.

3 - Se você não tem nada relacionado ao assunto que está em pauta para dizer, não entre. É melhor ficar só na escuta, pois entrando "apenas para dizer boa tarde", interrompe-se o QSO, e depois, por educação, passarão outra vez a palavra para você que continuará sem nada para dizer.

5 - Tenha um vocabulário adequado. Um bom vocabulário tem de estar isento do excesso de termos pobres e vulgares, como palavrões e gírias. Por outro lado, não se recomenda um vocabulário repleto de palavras difíceis e quase sempre incompreensíveis.

6 - Seja cortez e educado. Lembre-se que embora a maioria absoluta de radioamadores sejam do sexo masculino, em suas casas sempre haverão crianças e mulheres ouvindo. Certa vez, estava acontecendo uma discussão no repetidor e o nível baixou completamente. Minha esposa ouviu e me perguntou se era com isso que eu perdia horas e horas no "shack". Durma com esse barulho!

7 - Não ofenda e nem faça comentários pejorativos. Está se tornando comum "certos" radioamadores fazerem comentários maldosos no repetidor. Comentários que ofendem e constrangem não só o radioamador que querem atingir, mas também os outros que estão ouvindo. Esse tipo de comportamento deverá ser banido a qualquer custo. Portanto não se surpreendam se o repetidor for desligado no meio de um QSO desse tipo.

8 - Evite falar com clandestinos pelo repetidor. Se encontrar alguém sem prefixo usando o repetidor, convide-o a não falar; se ele insistir, saia da freqüência. Lembre-se, o pessoal da fiscalização da Anatel monitora as frequências; lembre-se também que gravações são feitas e encaminhadas à Anatel anexadas a denúncias que poderão ser utilizadas contra o repetidor e contra o radioamador que incentiva a prática da clandestinidade. Você está cansado de saber que não pode manter contato com clandestinos. Você teve que estudar as apostilas para ter seu prefixo, por que eles também não o fazem?

9 - Quando ouvir alguma portadora, evite comentar na freqüência. Faça de conta que não está atrapalhando ou se realmente estiver, diga que precisa desligar. A pessoa que dá portadora adora saber quanto você a odeia, quanto mais você reclama, mais ela fica feliz. Se você simplesmente a ignora, logo ela desiste.

10 - Use um canal direto sempre que possível. Quando precisar falar com algum colega sobre um assunto muito específico, verifique se não conseguem contato pelo direto, assim o repetidor fica livre para alguém que precise usa-lo e vocês não serão interrompidos no assunto.

11 - Desestimule clandestinos a usar o repetidor. Explique dos problemas que eles podem nos trazer. Incentive-o a estudar as apostilas e a fazer o exame.

Aos clandestinos:

1 - Não operem o rádio clandestinamente, a multa por transmitir sem licença é até R$10.000,00 mais a possibilidade de ficar de 2 a 4 anos preso!!!

2 - Não inventem prefixos para operar, pois normalmente não sabem sobre as categorias e de como é feita a divisão das letras. O resultado é que inventam prefixos que não existem.

3 - Consultas de prefixos. Lembre-se que quase todo radioamador tem acesso a internet e pode checar se o indicativo é seu mesmo no site Anatel - Prefixos

4 - Entre pela porta da frente. Entre da maneira correta e faça muitos amigos. Segure a vontade de entrar operando e faça o exame para radioamador.

Retirado do site do CRAM - Clube de Radioamadores de Americana

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Revista CQ Magazine, agora no Brasil



Colegas,
a revista CQ Magazine esta sendo lançada no Brasil. E uma publicação nacional da renomada CQ Magazine americana, muito interessante para todos que gostam do radioamadorismo. N aedição nº 1, aém de outras, ela traz uma matéria com Junior Torres de Castro PY2BJO, primeira pessoa física a colocar um satélite em órbita por conta própria. http://www.radioamador.com/ilustres/py2bjo.asp.


A revista esta com bom preço, e depende das vendas do primeiro exemplar para que continue sendo editada. Ela será bimestral, e as assinaturas poderão começar a partir da edição nº 2.


Não perca a chance de adquirir a número 1.
www.cqmagazine.com.br .


Divulguem...

sábado, 5 de novembro de 2011

QUANDO TUDO FALHA ...! ENTRA EM AÇÃO O RADIOAMADOR

   Quem imaginaria de que toda a parafernália tecnológica e a sofisticação existente no mundo moderno iria falhar um dia em escala maciça e total, mais realmente aconteceu, foi neste momento que chegaram os radioamadores com seus equipamentos considerados fora de moda, cerraram fileiras e fecharam a enorme brecha existente nas telecomunicações quando caiu a energia elétrica, auxiliando todos os voluntários que estavam trabalhando no apagão do século.    Mais de quatro milhões de pessoas do noroeste e centro-oeste, dos Estados Unidos foram pegas de surpresa no famoso apagão de 14 de Agosto quando a falta de energia elétrica cortou-lhes o acesso a Internet, ao correio eletrônico, aos telefones fixos e celulares, milhares de pessoas ficaram presas dentro dos elevadores, metrôs, trens e dentro dos "prédios inteligentes".
   As vias terrestres, os telefones fixos e celulares ficaram congestionados pela grande quantidade de chamadas entrando em colapso total.
   Porem o radioamadorismo e os radioamadores que nasceram na era da primeira grande Guerra Mundial 1914/1918 e desde esta época vem trabalhando muito ativamente nas emergências como voluntários em todos os grandes desastres acontecidos no mundo, sendo que, também durante o mais extenso corte de luz da historia dos Estados Unidos que acabou sendo chamado de apagão do século, deram a sua colaboração aos Bombeiros, Policia, Cruz Vermelha e outros serviços que trabalhavam na emergência.
   Os operadores das estações de radioamador não dependem de nenhuma linha telefônica, de nenhum servidor, nem de torres de celular e nem de energia elétrica, apenas com um "backup" de baterias podem operar seus equipamentos de qualquer parte, onde os demais aparelhos de comunicação por mais sofisticados que sejam não podem.
   Todavia quando tudo falha, o radioamadorismo e os radioamadores ali estão operando seus equipamentos.
   As estações de rádio são operadas por uma rede de radioamadores voluntários organizados e muito bem treinados e tinham a estação base montada em Newington.
   O radioamadorismo e os radioamadores já tinham ganho um memorável reconhecimento do povo e autoridades americanas, pelo seu excelente trabalho de comunicações e tráfego de mensagens depois dos ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001 aos Estados Unidos.
   É incrível a diferença que o radioamadorismo vem mostrando ao mundo, pela grande quantidade de pessoas que sabem o que estão fazendo, e é aqui que esta fazendo uma grande diferença.
   Tom Carubba um Coordenador de Emergência de New York informou ainda que, assim que a energia elétrica caiu, os radioamadores voluntários apresentaram-se imediatamente e cinco minutos depois em cinco bairros de New York e condados de Long Island, esses radioamadores já tinham instalado seus equipamentos e já estavam no ar transmitindo mensagens para a Cruz Vermelha e para os Escritórios de Administração de Emergências inclusive prestando seu auxilio aos bombeiros.
   Durante outros desastres tais como terremotos ou condições metereológicas severas, os radioamadores voluntários normalmente ativam as repetidoras em torres estrategicamente instaladas, porem, durante o apagão do século estas torres estavam desativadas por falta de energia elétrica e os radioamadores trabalharam nas freqüências que já estão previamente designadas, ou seja nas que estavam cobertas pelos centros de operações de emergência para contatos diretos, ou seja, no visual entre antenas.
   Na região de New York e Long Island em que vive uma população de mais de 10 milhões de pessoas, trabalharam cerca de 100 radioamadores voluntários, que foi o suficiente para controlarem perfeitamente a crítica situação, pois mantiveram o tráfego de mensagens 24 horas por dia enquanto durou o apagão do século.
   Alguns radioamadores estavam nos escritórios centrais da Cruz Vermelha, outros nos refúgios centrais dos Bombeiros e nos hospitais além dos pronto socorros.
   Menciono aqui apenas um dos muitos trabalhos muito bem desempenhados pelos radioamadores voluntários, disse Tom Carubba, foi num complexo hospitalar de New York, que alem do apagão, houve pane no sistema de energia de emergência do hospital que, ficou sem nenhuma energia elétrica temporariamente e os radioamadores proveram todas as comunicações com as ambulâncias e outros departamentos, até que a energia de emergência foi restabelecida naquele hospital.

   pois bem, monte uma rede de emergência em sua localidade ou inscreva-se na RENER como voluntário.

Colaboração de Mário Keiteris - PY2 M X K
radioamador veterano e escritor .

5 de Novembro - Dia do Radioamador Brasileiro

   A fixação de 05 de novembro como o DIA DO RADIOAMADOR foi em razão de que, nesta data, no ano de 1924, o Diário Oficial da União publicou, sob o nº. 16.657, o Decreto que regulamentava as estações de radioamadores existentes no Brasil. O referido Decreto foi baixado tendo em vista a representação feita no ano de 1923, pela Academia Brasileira de Ciências, reconhecendo a existência do radioamadorismo no Brasil.
 
   Os radioamadores foram os pioneiros nas telecomunicações. Eles ajustavam e experimentavam, tentavam isso e aquilo, sempre com o propósito de aumentar o alcance da comunicação ou a eficiência do equipamento. Os radioamadores foram os primeiros a demonstrar a grande utilidade das ondas curtas e foram também os pioneiros no uso do espectro das ondas de VHF e UHF. Foram os primeiros a projetar praticamente os equipamentos de transmissão e recepção, empregando válvulas à vácuo e contribuíram bastante para a pesquisa da radiopropagação. Foram os primeiros a abolir completamente as transmissões empregando faísca e também a utilizar a telegrafia. O radioamadorismo tem sido uma verdadeira câmara de compensação de idéias, e um campo de provas para quase todos os grandes projetos técnicos e operacionais no campo da radiocomunicação. O radioamadorismo, desde o princípio, ganhou destacada reputação por facilitar as comunicações durante as emergências, ou quando os outros meios falham ou estão sobrecarregados. Os anais da história do radioamadorismo contém um impressionante relatório das várias emergências, catástrofes, epidemias e tantos outros fatos, nos quais os radioamadores, com habilidade e devoção, e até mesmo com o sacrifício pessoal, serviram às suas comunidades e trouxeram recursos rápidos àqueles que necessitavam. Grandes dificuldades foram atenuadas e milhares de vidas e propriedades valiosas foram salvas por seu esforço.

   Os radioamadores consideram essa assistência um DEVER e estão sempre pronto para SERVIR a humanidade.

SALVE O DIA DO RADIOAMADOR!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Minha Estória no Radioamadorismo

   Vou tentar sintetizar em poucas linhas a minha estória pelo mundo do radioamadorismo. Tudo começou lá em Vila Isabel (bairro boêmio do Rio de Janeiro) quando eu tinha 16 anos e um antigo vizinho que eu não encontrava a muito tempo, começou a trabalhar perto da minha casa. Naquela época ele tinha em seu carro um rádio PX “Somercamp” com banda lateral. 


   Como nos encontrávamos com freqüência e como eu sempre tive curiosidade sobre o “radinho”,  comecei a perguntar como aquilo funcionava. Comecei então a aprender como falar, os códigos e gírias, como instalar e calibrar antenas, e tudo mais. FUI CONTAMINADO PELO VÍRUS DO PX, e meu "padrinho" Élcio (Estação Bronco) me batizou como "Estação Popeye". A coceira começou, eu não tinha um rádio, foi então que comecei a trabalhar na mesma empresa deste colega, e comprei das mãos dele meu primeiro rádio e antena, era um “Motoradio FA-M21”, 
 um rádio de 23 canais AM aberto para 39 canais, e uma antena plano terra “pé-de-galinha”. Como naquele tempo a grana era curta e eu não tinha para comprar uma fonte, comprei uma bateria de carro usada e montei um pequeno carregador para ela. Estava montada minha primeira estação. Poucos meses depois, um colega de rádio que estava desmontando sua estação no “QTH batente”, pediu que eu retirasse a antena do telhado da sua loja (naquele tempo eu era peso pena), e deu a mesma para mim, era uma “Hi Gain”, antena vertical de 5/8 de onda, tipo a PT-5 da Electril, tenho esta antena instalada até hoje (o material daquele tempo era muito melhor que hoje).
   Como nunca gostei de ficar na ilegalidade, tratei de tirar minha licença, e por ser menor de idade, meu pai teve que assinar a autorização. Naquele tempo, viajávamos muito nos finais de semana para acampar, e sempre aquele comboio, cada qual com seu rádio no “pé-de-borracha”, e conversando durante a viajem toda (só os passageiros, pois já naquele tempo tínhamos consciência de que o motorista não devia falar e dirigir). Fiz muitos DX com meu radinho “michuruca”, quando a propagação permitia, e colecionei muitos diplomas.
   Anos depois entrei para a Marinha e fui obrigado a deixar meu hobbye de lado. Foi neste período da minha vida que conheci o encantador mundo da radioescuta, como não tinha como modular, apenas escutava (usando rádios de ondas curtas, passei a escutar as rádios do mundo todo quando não estava de serviço) e fui contaminado novamente, a ponto de ser convidado pela Rádio Netherland para ser monitor de sua transmissão no Brasil.
   Só fui voltar a modular tempos depois quando fui promovido a sargento e o tempo de folga aumentou. Comprei então um “Cobra 19 Plus”, 
 radio de 40 canais AM com display digital (o que era um luxo naquela época), mas com ótimo áudio. Com este rádio consegui ser um dos 20 primeiros a serem contestados pelo operador da sala rádio durante o conteste comemorativo aos 25 anos da ECT (ganhei até uma medalha pela participação), fiz muitos amigos na faixa, e nos encontrávamos pessoalmente (pelo menos uma vez por mês) para um chopinho, para conversar e trocar experiências.
   Como meu rádio só tinha 40 canais, e como sempre houve muito “balaio” nesta faixa, muitas vezes a turma subia mais um pouco e eu não podia acompanhar. Decidi então vender meu 19 Plus e comprar um 148 GTL 
 (meu primeiro rádio com banda lateral). Não fiquei muito tempo com ele, estava saindo do forno e começava a chegar ao Brasil os “Ranger”, e por coincidência, um colega comprou um RCI-2950, 
 radio com frequêncímetro que vai de 26 até 32 Mhz, mas não gostou e estava vendendo. Peguei o rádio emprestado durante um fim de semana, e fiquei apaixonado por ele. Vendi meu Cobra 148 GTL para comprar o Ranger RCI-2950 (tenho este até hoje, e não me arrependo da troca).
   Também nesta época, alguns colegas estavam migrando para o VHF (mais uma vez pelo tumulto que sempre aconteceu no PX), e como sempre acontece, eles tentavam com que todos nós também migrássemos com eles. Comprei então meu primeiro VHF, um “Kenwood TH-78”, 
um HT dual band com recepção de aviação e celular, e uma antena (Brasília VU, tenho esta antena até hoje) vertical dual da Electril. O rádio era muito bom mais tinha o problema que tem todo HT, a falta de potência. Então troquei o mesmo por um “Icom IC-281H”, um semi-dual (transmite em VHF e tem recepção de UHF).
    Mais uma vez tive que me afastar do radio, mas desta vez por ter me mudado para locais onde não podia instalar minhas antenas. Até que a alguns anos me mudei para uma ampla casa em uma cidade do interior onde pude novamente montar minha estação da melhor maneira possível.
   Hoje ainda tenho meu Ranger RCI-2950, mas além de usá-lo como PX, também faço uso de um transverter de 40 e 80 metros ligado nele já que o display com frequêncímetro facilita muito o uso do transverter. 

 O Icom IC-281H também continua instalado em minha estação, mas agora acompanhado de um Yaesu FT-1802 (VHF de 136 a 174Mhz) 

e dos Ht’s Icom IC-V8 (VHF) e Yaesu VX-3R (ht dual band com recepção de 1.8 a 999Mhz em AM/FM/ondas curtas).

   Quanto a radioescuta? Continuo sempre ligado, só que hoje conto com um Radioshack Pro-95 (Scanner muntibanda), um Philco Transglobe (adaptado com um oscilador de batimento para escuta das faixas de amador), além do já descrito Yaesu VX-3R, que apesar de pequeno é muito sensível quando conectado a uma antena externa. 


   Falando em antenas, meu telhado hoje parece um paliteiro com tanta coisa espetada. Continuo com a HiGain para os 11 metros, tenho uma J e uma direcional de 3 elementos para os dois VHFs, uma dipolo V invertido para os 40 e 80 metros (além da radioescuta), uma vertipolo de ¼ de onda para o scanner, e para os HTs, a minha antiga Brasília VU para o VX-3R e uma cúbica de 2 quadros para o IC-V68, quando estão ligados na edícula fazendo minha segunda base.
   Rádio para PX hoje, tenho somente um HT de 40 canais AM da Voyager, mas estou pretendendo até o final deste ano, comprar um Hannover BR9000, exclusivamente para os 11 metros e para voltar a fazer meus DX na faixa. Sou cria dos 11 metros e não me envergonho disso, como muitos “radioamadores”. Apesar da faixa ser muito bagunçada, encontramos ainda muita gente boa para um QSO.
   Ah! Acabei esquecendo de falar nos rádios virtuais, também opero usando o CQ100, o Hamsphere, o TalkForce e o eQSO, mas isso é uma outra estória...
 Espero que eu tenha satisfeito a curiosidade de vocês quanto a minha formação no rádio e que a minha estória sirva para “contaminar” muitos que estajam lendo e não sejam ligados ao rádio para que adentrem a este maravilhoso mundo das radiocomunicações.
  

Segurança Elétrica da Estação

   A maioria de nós radioamadores nos preocupamos em adquirir o que existe de mais moderno em equipamentos e nos esquecemos de pequenos cuidados que devemos ter com a instalação elétrica que alimenta estes equipamentos, na maioria das vezes de custo elevado.
   O cuidado mais básico que devemos ter com relação a instalação elétrica em nossa estação, é a instalação de uma chave geral. Ela deve ser instalada em local visível e de fácil acesso, para que possa ser rapidamente acionada em caso de emergência. Você deve informar sua localização a todos os membros de sua família, para que qualquer um possa desligá-la em caso de necessidade ou esquecimento.
   Não é usual que nós radioamadores brasileiros consultemos algum tipo de handbook, antes de nos aventurarmos a fazer algum tipo de instalação em nossas estações, até pela falta deste tipo de literatura em nossa língua (o único título em português é o “Handbook do Radioamador, de Iwan T. Halasz), que nos força a procurar soluções (nem sempre testadas e aprovadas) na Internet, ou então tentar handbooks (em inglês).
   Depois de pesquisa muito, tentarei trazer até vocês pequenos cuidados que devemos ter com a instalação elétrica de nossa estação.
   Outro cuidado simples que devemos ter, é o aterramento do fio neutro da instalação elétrica de nossa residência.
   Na maioria das cidades brasileiras as residências são servidas por uma rede elétrica bifásica (2x115 volts), onde se utiliza as duas fases em aparelhos de consumo elevado (230 volts), e, ao mesmo tempo, uma fase e o neutro, para iluminação (115 volts). Como o fio neutro serve como referência para as duas fases, se ocorrer um acidente na rua e o fio neutro se romper, as fases poderão ter seu potencial alterado e acarretar a queima dos equipamentos ligados a ela. Por esse motivo, contrariando o que é dito pela maioria, o radioamador deve fazer questão de aterrar o fio neutro da rede elétrica, com um fio grosso. Para isso, basta bater no chão, barras de aterramento de aço cobreado (encontradas em qualquer casa de material elétrico) em local com solo de boa condutividade.
   Agora você irá me perguntar como se sabe se o aterramento esta bom. Simples, pegue uma lâmpada de 115Vx100W e ligue entre uma fase e a terra a ser testada. Se o aterramento estiver bom, a lâmpada irá se acender com o brilho normal, como se estivesse em qualquer ponto de iluminação da casa.
   Conseguindo uma terra que apresente a mesma luminosidade da lâmpada, e ligando esta ao fio neutro, a casa funcionará da mesma forma, e sem perigo, com ou sem o fio neutro da rua.
   Para radioamadores que moram em apartamentos, especialmente em andares superiores, e que não é permitido conduzir fios por fora do prédio, já é mais complicado. Nesse caso, cabe ao condomínio providenciar uma terra de baixa resistência para proteger os aparelhos dos moradores.
   Outra coisa que devemos ter em mente, é a proteção da estação contra raios. A proteção mais eficaz contra raios, é acostumar-se a ligar os cabos de antena aos equipamentos, as chaves de alimentação elétricas e demais conexões, somente quando o radioamador estiver operando a estação. Radioamadores mais cuidadosos até aterram as antenas quando estão fora de uso.
   Infelizmente em alguns casos como em repetidoras, não podemos desconectar as antenas em caso de tempestade. Por esse motivo, a proteção deve estar embutida sempre na estação. Existem antenas que por suas características, são mais seguras do que outras, e portanto, mais recomendáveis. Estas antenas têm o elemento irradiante aterrado nas baixas freqüências. Como exemplo destas antenas podemos citar a “Ringo”, e as colineares verticais com elementos em “J”. Nessas antenas, a descarga elétrica encontra caminho mais fácil para à terra através da própria antena.  
   Para aumentar a segurança dos equipamentos, pode ser ligada a linha de transmissão, um centelhador à gás, como o MFJ-270.


   A grande maioria das descargas que entram na estação do radioamador vêm, de raios que atingiram a rede de distribuição de energia elétrica. Os equipamentos transistorizados, que são alimentados por baterias flutuantes conjugadas com carregadores, são mais protegidas do que as que usam meramente fontes, desde que o pólo negativo da bateria esteja bem aterrado. Todavia, mesmo utilizando baterias, temos outros meios de proteção que podemos utilizar: Fusíveis tipo cartucho (infelizmente o disjuntor eletromagnético têm inércia grande demais para responder aos surtos rápidos) podem ser utilizados nos condutores não-aterrados da rede elétrica (nunca instale fusíveis no neutro da rede elétrica), além do aterramento do neutro como mencionado anteriormente.
   Há, porém, um meio para o radioamador proteger tanto sua estação, como também toda sua residência, contra pulsos na rede elétrica, que são de intensidade menor, porém muito mais freqüentes que a incidência direta de raios.
   O DPS (dispositivo de proteção contra surtos elétricos) ou para raios eletrônico como também é conhecido, é um dispositivo dotado internamente de um varistor, e que deve ser instalado logo na entrada da energia elétrica (preferencialmente junto ao medidor), inserido entre cada fase e uma boa terra, ou ao próprio neutro da rede. Caso ocorra um pulso de tensão na rede elétrica, o DPS irá desviá-lo para a terra (o que fará com que os disjuntores e fusíveis sejam acionados), protegendo nossa residência e todos os aparelhos ligados na rede elétrica.
   Cada vez que se ouve sobre os danos causados, em residências de radioamadores ou não, por descargas que penetram em equipamentos de todos os tipos, o radioamador deve se lembrar da tranqüilidade proporcionada pela proteção preventiva.
   Vamos falar agora da maior destruidora de equipamentos na estação de radioamador, a Fonte de Alimentação.
   A grande maioria dos equipamentos de radioamador hoje em dia é de estado sólido. E exceto os transceptores multímodo destinados exclusivamente para utilização na estação base, com fonte embutida, todos os outros equipamentos necessitam de fonte de alimentação externa entre 12 e 16 volts.
   Como na maioria das vezes, o radioamador adquire para sua estação base um transceptor portátil, mesmo que não pretenda utilizá-lo para fins móveis ou portáteis, devemos ter um cuidado maior com a fonte de alimentação.
   Os transceptores móveis ou portáteis não são projetados para suportar tensões superiores a 16 volts. Porém, por incrível que pareça, a maioria das fontes de alimentação reguladas produzidas, não tem proteção nenhuma contra excesso de tensão na saída. Elas tem proteção contra curto, como fusíveis na entrada do transformador e na saída da fonte, mas, via de regra, não tem proteção contra sobre-tensão, o que é muito mais perigoso para o transceptor do que um curto, para o qual ele já tem proteção embutida. Se houver um curto-circuito em qualquer um dos transistores de passagem do regulador, ou no comando desses transistores, e a tensão de saída da fonte será a mesma da entrada do regulador, ou seja, entre 20 e 30 volts. O suficiente para danificar o transceptor ligado a esta fonte. Para evitar este risco, alguns fabricantes sobredimensionam estes componentes, reduzindo o risco de falha. Mesmo assim para evitar qualquer problema que possa ocorrer, devemos instalar uma proteção que em caso de excesso de tensão, provoque um curto-circuito na saída da fonte, provocando a queima do fusível, ou acionamento do fold-back , que levará a corrente na saída a zero.
   Nos dias de hoje, devido a facilidade da construção e o baixo custo, virou moda adaptar as fontes de computador para serem usadas em transceptores. Eu mesmo já modifiquei uma para meu uso, mas aposentei a mesma por não achar confiável. E justamente por elas não terem sido projetadas com o objetivo de alimentar transceptores, é que a tornam muito mais perigosas do que a maioria das fontes reguladas. Se não acredita em mim, tente a sorte...
   Se sua fonte não tem proteção contra sobre-tensão, monte e instale o circuito abaixo e fique protegido.


   Outro risco que corremos na ligação de nossos transceptores, é a inversão de polaridade. Basta uma pequena distração ou falta de atenção, basta uma única vez para causar grandes danos ao equipamento. Com vistas a esse risco, numerosos equipamentos já saem de fábrica com proteção contra inversão de polaridade, porém, para os que não possuem essa proteção, podemos utilizar os circuitos abaixo:

  
   Para os equipamentos de consumo elevado, o circuito abaixo é a solução. O diodo deve ser dimensionado para suportar uma corrente superior à do fusível que ele tem a função de queimar.

  
   Caso você tenha assim como eu, vários equipamentos sendo operados ao mesmo tempo, ou tem uma fonte para cada equipamento (todas com o negativo interligado para menter o mesmo potencial), o que ocupa muito espaço na estação, ou você tem uma fonte monstro (para 50A ou mais) que além de caríssima também ocupa muito espaço. Resolvi o problema com uma solução simples, a estação é toda alimentada por uma bateria de 65Ah em um sistema de no-break, utilizando uma fonte regulada de 12A como carregador, conforme o circuito abaixo.

   
   Em condições normais o equipamento é alimentado pela fonte, que ao mesmo tempo carrega a bateria através do resistor que limita a corrente de carga em 4A. Caso a fonte se desligue ou o equipamento precise de mais corrente, a bateria fornece o que for necessário.
   Aproveitando que precisaria de uma caixa para instalar o circuito, incrementei uma caixa de distribuição com barramentos para ligar os cabos de alimentação dos equipamentos, um disjuntor térmico para proteção, uma chave geral, além de um conector tipo isqueiro de carro, e de tomadas para 6 e 9 volts/1 ampére, para ligação de outros equipamentos nesta voltagem.


   Mas se você não quer tudo isso, e se interessa apenas em substituir a sua fonte insegura por uma bateria, utilize o circuito abaixo:

   
   Com este circuito você pode operar seu equipamento ao mesmo tempo que a bateria é carregada, com toda segurança.

   Espero ter ajudado aos colegas radioamadores de todo o mundo, a ter uma estação mais segura para o operador e os equipamentos.

                              Bibliografia: The ARRL Antenna Book – ARRL
                                                 Handbook do Radioamador – Iwan T. Halasz

Antena, Essa Incompreendida

   Embora todos os radioamadores estejam familiarizados com o conceito de antena, poucos sabem como defini-lo. Então vamos lá, a antena é um transformador de impedância que acopla a saída do transmissor ao espaço livre (ou éter como se dizia antigamente).
   Agora vocês vão perguntar, qual a impedância do espaço livre? Um dos métodos para calcular é dividir a intensidade de campo (em tensão) pela densidade de corrente, o que dá um valor teórico de 377 ohms.
   Quando a antena não tiver sido dimensionada para igualar a impedância exata de saída do transmissor ou da entrada do receptor, ela pode ser completada por um transformador de impedância adicional, conhecido como “acoplador ou transmatch”, que funciona de maneira análoga como os óculos funcionam para o olho humano.
   As antenas constituem um ponto chave em todas as formas de transmissão e recepção. O dipolo simples e o dipolo dobrado, são os verdadeiros “burros-de-carga”, sendo usados em todas as formas de comunicação por rádio. O dipolo de ½ onda é o elemento fundamental de um sistema de antena. Esta antena simples quando empilhada, proporciona um bom desempenho.
   Eletricamente, a antena dipolo é equivalente a uma linha de transmissão de ¼ de comprimento de onda, em circuito aberto, alimentada por um gerador para o qual ela equivale a um circuito ressonante.
   A resposta de freqüência de uma antena dipolo é similar à do tipo comum de circuito ressonante com capacitância e indutância concentradas. Já a largura de faixa depende do tipo de construção, por exemplo, se o dipolo é feito com fio de cobre fino, ele se comporta como circuito sintonizado de alto Q, ou seja, tal antena só funcionaria bem em uma faixa estreita de freqüências.

   Na evolução histórica das antenas, as primeiras eram simplesmente fios verticais, sustentados as vezes até por papagaios (ou pipas como queiram). Nas instalações fixas, aumentavam a altura efetiva das antenas, fazendo-as em forma triangular com largura maior em cima, o que hoje chamamos de carga capacitiva de topo. Também funcionavam da mesma forma as antenas instaladas em navios, sustentadas por fios esticados entre os mastros. O que provavelmente não era sabido naquela época, é que todo monopolo vertical de ¼ de onda necessita de um plano de terra, por isso as transmissões feitas do continente não igualavam o alcance das transmissões feitas em navios.
   Os navios de aço em contato com a água salgada, constituíam o melhor plano de terra possível.
   O motivo pelo qual estamos falando tanto sobre a história das antenas, é que entre todos os equipamentos usados por radioamadores, PX e radioescutas, a antena é sem dúvida o mais comentado. Também é sobre antenas que circulam mais mentiras, provavelmente pela pouca difusão de informações e de literatura em português sobre o assunto.
   Uma das maiores mentiras que são difundidas em todas as faixas, é que o parâmetro mais importante de uma antena deve ser ter uma ROE de 1:1.
   Como as antenas eram sintonizadas antes da popularização dos medidores de ROE? Simples, os radioamadores ligavam ao transmissor uma carga não-irradiante (antena fantasma) de 50 ohms, ajustavam a sintonia e o acoplador de carga para o melhor ponto, anotavam as posições dos botões, substituíam a carga não-irradiante pelas antenas, e ajustavam as antenas para que o transmissor desse o melhor rendimento nas mesmas posições de sintonia encontrados com a carga fantasma. Não havia números absolutos envolvidos, nem falácias sobre as ondas estacionárias.
   Se uma ROE de 1:1 fosse sinônimo de antena perfeita, uma antena fantasma seria a antena ideal, uma vez que apresenta uma ROE de 1:1 em todas as faixas, desde os 33 cm até os 160 metros, mas apesar disso, seu desempenho é péssimo, uma vez que ela não irradia nem capta ondas eletromagnéticas.
   Existem muitas antenas (amplamente usadas na Europa e estados Unidos) em que a ROE fica entre 1,5:1 e 2,5:1, e nem por isso seu desempenho é ruim ou prejudicial ao equipamento.
   Por mais difícil que possa ser para vocês acreditarem, uma das maiores lorotas que eu ouvi, aconteceu na década de 1980, na faixa dos 11 metros(PX). Um cidadão anunciava um produto revolucionário chamado “PROPAGOL”, que deveria ser passado na antena, e que teria a propriedade de “melhorar a propagação” da antena em que fosse aplicado. Acreditem se quiserem.


   Terminados os aspectos em relação a ROE, e antes de entrar no mérito das antenas propriamente ditas, vamos falar sobre linhas de transmissão e sua ligação ao sistema irradiante.
   Essencialmente, uma linha de transmissão é um par de fios com a finalidade de transferir a energia de um ponto a outro. A finalidade dessa linha de transmissão é recolher a energia fornecida pelo transmissor, e com ela, alimentar a antena.
   Qualquer linha de transmissão irradia uma certa parte da energia que ela transporta, as linhas blindadas menos do que as não-blindadas. Quando a linha de transmissão é normalmente usada como tal, seus terminais de saída devem ser ligados a uma carga de valor apropriado, o que reduz ao mínimo a formação de onda estacionária. O valor adequado da carga depende de uma propriedade da linha, conhecida como impedância característica.
   Muitos tipos de antena, como as dipolo e yagi, são balanceadas. Quando ligamos uma antena balanceada a um cabo coaxial, o condutor externo do coaxial (malha) começa a apresentar tensão de radiofreqüência e a irradiar como se fosse parte da antena. Na maioria dos casos, essa irradiação não tem maiores conseqüências e o sistema pode ser deixado como está. Porém, quando o cabo coaxial que irradia ele próprio, passa nas proximidades de outros cabos de rádio ou TV, pode aumentar o risco de interceptação dos sinais irradiados. Nesse caso, deve-se eliminar a irradiação pelo condutor externo.
   A solução convencional para o acoplamento de um sistema balanceado a um desbalanceado é o uso de um balun.
   Outra solução considerada quebra-galho contra a irradiação pelo condutor externo, é formar com o próprio cabo coaxial, um indutor de 6 espiras (com diâmetro de 30 cms, preso com fita isolante) junto a sua ligação à antena, que poderá apresentar um obstáculo para a radiofreqüência.

   A pergunta mais freqüente em relação a antenas, principalmente por parte de radioamadores principiantes, é: Qual a melhor antena?  Posso responder esta pergunta com outra: Qual o melhor automóvel? Tudo depende da finalidade para a qual será usado. Com antenas acontece o mesmo. A melhor antena é aquela que coloca o sinal necessário no local de recepção, com menor desperdício em outras direções, com a menor potenor espaço ocupado, menor resistência ao vento, menor peso e menor custo.
   Além do tipo e dimensionamento, também sua localização é importante, uma vez que outra propriedade importante é a diretividade.
   Diretividade é a propriedade de uma antena de captar ou irradiar melhor os sinais em uma direção do que em outra. A diretividade também é uma medida da sua capacidade de selecionar sinais provenientes de transmissões que não estejam localizadas na mesma direção angular. Por exemplo, o dipolo simples horizontal é bidirecional e transmite/recebe melhor os sinais que vêm por trás ou pela frente, em ângulo reto com a antena. Isso pode ser conferido, visualizando o diagrama direcional (ou gráfico polar) do dipolo de meia onda, considerando como padrão, ou referência, para as demais antenas, e que tem seu diagrama de irradiação em forma de oito.
   O ganho de uma antena é um dado comparativo. Determina-se o ganho de uma antena medindo-se a potência que é induzida nela por um sinal constante e dividindo-se essa potência pela que seria induzida em um dipolo de meia onda, em idênticas condições. Um ganho de 10 significa que a antena em questão é 10 vezes mais eficiente do que o dipolo padrão.
   A antena não produz energia de radiofreqüência, mas seu ganho provém, unicamente, do poder de concentração do feixe eletromagnético de transmissão (também na recepção) sobre determinadas áreas, delimitadas verticalmente (nas antenas onidirecionais) ou vertical e horizontalmente (nas direcionais).
   Todo tipo de antena, portanto, tem algum ganho em alguma direção, proveniente do fato de que as antenas não irradiam uniformemente em todas as direções. A título de exemplo mostrarei  abaixo, alguns tipos de antenas e seus respectivos ganhos máximos teóricos.

Dipolo de meia onda _______________________________________2,14 dBi
Dipolo dobrado com refletor _________________________________7,14 dBi
Yagi de 3 elementos _______________________________________10,64 dBi
Yagi de 4 elementos _______________________________________12,14 dBi
Cúbica de quadro de 2 elementos _____________________________9,44 dBi
Cúbica de quadro de 3 elementos _____________________________11,44 dBi
Vertical de ¼ de onda ______________________________________0,64 dBi

   Entre os aspectos físicos importantes, podemos ressaltar: a rigidez mecânica que evita a deformação, mesmo com vento intenso, ou com um veículo em velocidade, prevenção de quebra por fadiga (ruptura por movimentos repetidos); proteção contra corrosão; proteção dos isolamentos contra fugas oriundas de degradação de materiais ou depósito de poluição atmosférica.
   Entre os aspectos de localização, devemos mencionar a altura sobre o nível médio do terreno adjacente, liberdade de irradiação, ou seja, ausência de obstáculos volumosos no sentido da transmissão, acima de um ângulo de 10 graus sobre o plano horizontal e até uma distância de algumas centenas de comprimentos de onda, a fim de permitir que as ondas contornem os obstáculos.
      Utilizamos no radioamadorismo monopolos, dipolos, yagis, log-periodicas, delta-loops, quadra-cúbicas, quadras-suiças, discones, bazoocas, helicoidais, colineares, rômbonicas, long wires, Windows, slopers, sendo que muitas destas podem ser monobandas multibandas ou faixa larga.
O número de tipos de antenas é muito grande. Por este motivo, darei exemplo e mostrarei o projeto de construção apenas de antenas que sejam de fácil construção, baixo custo, e que não tenham necessidade de nenhum ajuste, uma vez que é muito chato ficar descendo e subindo antena para fazer ajustes.



Bibliografia: Handbook do Radioamador – Iwan Thomas Halasz
                      ABC das Antenas – Allan Lytel
                      The ARRL Antenna Book – ARRL